Sem “más intenções”, Putin recomenda aos países vizinhos que não agravem a situação

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Mikhail Metzel / EPA

O Presidente russo, Vladimir Putin, recomendou aos países vizinhos que “não agravem a situação, não imponham limitações”, garantindo que “não tem más intenções”, enquanto o Kremlin apelou à união do povo da Rússia.

“Quero sublinhar novamente — sempre o dissemos – que não temos más intenções em relação aos nossos vizinhos”, disse Putin, durante uma conversa com o governador do enclave de Kaliningrado, Anton Alikhanov, no momento em que tropas russas invadem a Ucrânia.

Apesar da ofensiva, Putin recomendou aos vizinhos da Rússia para “que não agravem a situação, não imponham limitações” e assegurou que Moscovo “cumpre e continuará a cumprir todos os seus compromissos”.

“Por mais difícil e complexo que seja, vamos continuar a desenvolver, sem falhas, vamos reforçar a infraestrutura de transportes e a logística em todo o país”, acrescentou o Presidente russo.

Putin também conversou hoje com o seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, a quem informou sobre os pormenores da “operação militar especial”, como a Rússia classifica a invasão da Ucrânia.

De acordo com o Kremlin, na conversa, Putin destacou que a campanha militar está a progredir de acordo com o planeado, tal como já tinha dito ao Presidente francês, Emmanuel Macron, na quinta-feira.

O Presidente russo também aproveitou a oportunidade para falar sobre a segunda ronda de negociações entre os grupos de negociação da Rússia e da Ucrânia, realizada na Bielorrússia na quinta-feira, antes da qual Lukashenko expressou o seu apoio às ações militares russas no país vizinho.

O Kremlin, por seu turno, apelou hoje à população russa para se unir à volta do seu líder.

“Este não é o momento de nos dividirmos. Este é o momento para nos unirmos. E unirmo-nos à volta do nosso Presidente”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante uma conferência de imprensa.

“Há de facto debates acalorados. Há quem apoie o Presidente e apoie com sinceridade. E há quem não entenda o que está a acontecer. A esses temos que explicar pacientemente”, disse Peskov.

Na Rússia circulam várias petições de cidadãos, incluindo personalidades do mundo da Cultura, pedindo o fim da invasão da Ucrânia.

As autoridades russas reforçaram o controlo da informação interna, incluindo o encerramento de meios de comunicação independentes, bloqueios de ‘sites’ noticiosos e alterações legislativas que preveem penas de prisão para quem distribua “informações falsas”.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

// Lusa

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2 Comments

  1. O gajo que ameaça o Mundo com armas nucleares a “recomendar aos países vizinhos que não agravem a situação”… lindo!…

  2. É o PCP nas mãos do Putin, e nos dinheiros da Rússia, fruto explorado ao Povo Russo, o PCP não devia ter lugar num Parlamento democrático como o Português, numa militância que tem medo de contestar a sua direção Política, e denunciar o serviço ao Império Russo por sujeição ao financiamento, é igual aos Movimentos que apoiavam o Salazar, acredito que o Doutor Álvaro Cunhal esteja inquieto na sua campa,, penso que a direção do PCP esteja a dar o Cheque Mate na existência do PCP como Partido político respeitado em Portugal, mercê da ganância financeira destes dirigentes que para sobreviver estão acabar com o PCP, assim é a história de muitos partidos políticos que se vende ao capital seja que tipo de Império for. Admira a inércia da Comunicação Social com a falta de debate no seio Comunista, e o silêncio de ajuda ao Jerónimo de Sousa que está a passar á margem de toda a problemática.

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