Presidente da Rússia já falou, pelo menos, com presidentes de outros três países. “Catástrofe global”, avisa Medvedev.
A Rússia “treme” neste sábado, devido à marcha do Grupo Wagner rumo a Rostov e Moscovo.
Nas últimas horas, Vladimir Putin já teve pelo menos três conversas ao telefone com presidentes de outros países.
Falou com o amigo e aliado Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, e com o presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev.
Mas a conversa com o outro presidente – Kassym-Jomart Tokayev, Cazaquistão – não terá corrido como Putin queria.
O presidente da Rússia informou o presidente do Cazaquistão sobre a situação no país, terá pedido ajuda militar (embora isso não venha mencionado no comunicado oficial) mas a resposta não foi positiva para Putin.
“Kassym-Jomart Tokayev disse que os eventos em andamento são um assunto interno da Rússia. A ordem constitucional e o Estado de direito são uma condição sine qua non para a manutenção da lei e da ordem no país”, lê-se no comunicado do Governo do Kazaquistão.
A mesma nota acrescenta que “Vladimir Putin agradeceu a compreensão do Kazaquistão sobre a situação actual na Federação Russa”.
“Nada é pior do que uma guerra civil”
Volodymyr Solovyov, habitual propagandista do Kremlin, deixou um apelo aos compatriotas russos: “Vamos permitir que o país se perca? Parem antes que seja tarde demais”.
O antecessor de Putin, Dmytro Medvedev, avisa que o mundo “caminha para uma grande tragédia, uma catástrofe mundial” se a Rússia não se unir já em torno do presidente Vladimir Putin.
Entretanto, os cartazes com apelos à adesão ao Grupo Wagner estão a desaparecer de cidades da Rússia, avançam canais russos no Telegram.