Putin garante que alcançará “passo a passo” objetivos na Ucrânia (e faz promessa para 2024)

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Mikhail Metzel / Sputnik

O Presidente russo, Vladimir Putin.

O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu hoje que a Rússia alcançará os seus objetivos na Ucrânia “passo a passo”, ao mesmo tempo que descreveu o momento que o país vive como “difícil”.

“Para garantir a segurança do nosso país, para eliminar a ameaça representada pelo regime neonazi que surgiu na Ucrânia após o golpe de 2014, foi decidido realizar uma operação militar especial. Passo a passo, com cuidado e consistentemente, alcançaremos as tarefas que estamos enfrentando”, disse Putin, no seu discurso sobre o Estado da Nação perante as câmaras do Parlamento.

O presidente russo admitiu ainda concorrer a uma reeleição nas presidenciais de 2024.

“Quero enfatizar que as eleições, tanto as locais quanto as regionais, em setembro deste ano, e as presidenciais, em 2024, vão acontecer em estrita conformidade com a lei, respeitando todos os procedimentos democráticos constitucionais”, afirmou Putin.

O chefe de Estado russo referiu-se à controversa reforma constitucional de 2020, que lhe permitirá concorrer à reeleição em 2024 e 2030.

Putin, de 70 anos, chegou ao poder em 2000, foi reeleito em 2004, serviu quatro anos como primeiro-ministro, voltou à presidência russa em 2012 e foi reeleito novamente em 2018.

Alguns analistas apontam que, em caso de derrota na “campanha militar” na Ucrânia ou de declaração da lei marcial, as eleições presidenciais podem ser adiadas indefinidamente.

O líder da oposição russa, Alexei Navalny, que está preso há vários anos, garantiu na segunda-feira que a Rússia está a sofrer uma “derrota militar” na Ucrânia e apresentou um programa político para um período pós-guerra sem Putin. Navalny, que cumpre nove anos de prisão, defendeu que “a ditadura” de Putin “deve ser desmontada” nas urnas.

O discurso, primeiro sobre o Estado da Nação feito por Putin em quase dois anos, acontece três dias antes de ser assinalado o primeiro aniversário da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.

O Kremlin não permitiu que meios de comunicação social de países considerados como “inimigos” obtivessem acreditação para fazer a cobertura mediática do discurso.

O dia escolhido para o discurso, que será transmitido por todas as televisões públicas do país, coincide com a data em que Vladimir Putin assinou o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região do Donbass (leste ucraniano).

Nesse mesmo dia, 21 de fevereiro de 2022, Putin ordenou a mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, um prelúdio para o início da ofensiva militar contra a Ucrânia que aconteceria poucos dias depois.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Se o deixarem, este mentiroso compulsivo e complexado vai manter-se no poleiro até morrer (como é costume dos ditadores).
    Se o deixarem, ele vai destruir, anexar e colonizar a Ucrânia, a Moldova, a Geórgia e todos os antigos membros da URSS.

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