Puigdemont não quer Catalunha no “clube de países decadentes”

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Olivier Hoslet / EPA

O ex-presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemont

Carles Puigdemont, presidente destituído da Generalitat, defende outro referendo na Catalunha, desta vez para catalães decidirem se querem ligação ao “clube de países decadentes”, que é a União Europeia.

Nas sondagens, a lista de Puigdemont, a Junts per Catalunya, surge em quarto lugar nas intenções de votos da população catalã. No mesmo dia, o ex-presidente volta a atacar Madrid e desta vez também União Europeia.

Em entrevista a Henrique Cymerman, jornalista luso-israelita, para o canal Kan 11, replicada pelo La Vanguardia, Puigdemont referiu-se à União Europeia como um “clube de países decadentes, obsolescentes, no qual poucos ordenam, ainda por cima com ligações a interesses económicos cada vez mais discutíveis”.

A UE “do senhor Juncker e do senhor Tajani” é “tão insensível ao atropelo dos direitos humanos, dos direitos democráticos de uma parte do território só porque uma direita pós-franquista tem interesse que seja assim”, considerou.

Carles Puigdemont considerou-se europeísta e a favor da moeda única, mas diz-se de tal modo agastado com Bruxelas que defende a auscultação dos catalães no que toca à possível saída do espaço político comum.

“Os espanhóis e os europeus continuam a dizer que estaremos fora da UE, mas quem deve tomar essa decisão são os cidadãos da Catalunha, tal como os outros cidadãos da Europa deveriam tomá-la livremente. Vamos ver o que as pessoas da Catalunha dizem“.

A declaração unilateral de independência, que proclamou no dia 27 de outubro, afinal, “não é a única solução”: “Talvez possa ser um Estado que tenha uma relação confederal, federal, associado a Espanha ou independente”.

Explica que “não teve outra opção” porque, lamenta, o governo central recusou-se a reconhecer o problema catalão criado em 2010 com o veto do novo estatuto autonómico pelo Tribunal Constitucional, a pedido do Partido Popular de Mariano Rajoy. “Não é aceitável que se negue o problema”.

Sobre os desenvolvimentos da consulta popular sobre a independência da região, o nacionalista revelou que a sua família tem recebido ameaças de morte.

ZAP //

1 Comment

  1. alem de traidor á constituiçao que jurou defender quando foi eleito…… tornou se num arrogante , convencido cheio de superioridade esquecendo se que apenas com aliança de um partido minoritario de arruaceiros e extremistas o levou ao poder , conspirando contra o antigo presidente artur mas.
    este traidor arrogante é um foragido da lei…e so a uniao europeia que ele insulta lhe permite ainda continuar a dizer disparates. para quando um baixo assinado ao parlamento europeu para a prisao efetiva deste terrorista tao prejudicial a toda a europa como ate a propria espanha?

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