Carles Puigdemont recorreu ao Twitter para pedir aos catalães que contribuam para ajudar a pagar os custos do referendo sobre a independência da Catalunha, realizado a 1 de outubro de 2017.
A Justiça espanhola exige que Carles Puigdemont, ex-Presidente do Governo da Catalunha e agora eurodeputado, e outros 19 líderes catalães paguem a fatura do referendo sobre a independência, realizado a 1 de outubro de 2017, e devolvam aos cofres do Executivo catalão os 4,1 milhões de euros desembolsados para a sua realização.
“O Tribunal de Contas solicita uma fiança de 4,1 milhões de euros àqueles que tornaram possível o referendo em 1 de Outubro. Temos 15 dias para evitar que os nossos bens sejam apreendidos. Se votou a 1 de outubro, precisamos de si“, escreveu no Twitter partilhando o twitter da Caixa de Solidaritat, com o número da conta para fazer a transferência.
O pedido de Puigdemont surgiu no mesmo dia em que María Jesús Montero, porta-voz do Governo espanhol, anunciou que o primeiro-ministro Pedro Sánchez vai reunir-se com o atual presidente do executivo catalão, Quim Torra, a 6 de fevereiro. A também ministra garantiu que o agendamento da reunião nada teve a ver com o que se passou na segunda-feira no Parlamento da Catalunha.
Torra (JxC-Juntos pela Catalunha) negou-se a renunciar ao seu lugar de deputado, como exigido pelo Supremo Tribunal espanhol e pela Junta Eleitoral Central, pedindo ao presidente do parlamento, Roger Torrent (ERC-Esquerda Republicana da Catalunha), que desobedecesse aos dois órgãos do Estado espanhol. Torrent recusou.
Segundo o Público, o presidente catalão acabou por fazer com que o seu grupo parlamentar não participasse nas votações do dia.