PT contrata temporários para o lugar de trabalhadores despedidos, acusa o BE

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António Pedro Santos / Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, confirmou já ter enviado uma queixa para a Autoridade para as Condições do Trabalho.

Segundo a Renascença, a PT já está a contratar trabalhadores temporários para ocupar o lugar dos que pretende despedir, conforme a queixa enviada pelo Bloco de Esquerda à Autoridade para as Condições do Trabalho.

Num convívio de verão dos bloquistas, que se realizou na praia fluvial de Valhelhas, na Guarda, a coordenadora disse que “o BE já enviou para a Autoridade para as Condições do Trabalho este anúncio de empregos temporários para a mesma empresa onde a PT está a despedir, para que ninguém tenha dúvidas de que o que a PT está a fazer é ilegal“.

Durante a intervenção, a coordenadora do BE abordou a questão dos trabalhadores da PT, tendo reiterado que a transferência de funcionários da PT para empresas de trabalho temporário é uma forma “fraudulenta” de dispensar trabalhadores e que o que está em causa “é um dos maiores processos de despedimento e de precarização do trabalho” que já se viu em Portugal.

Depois de afirmar que “isto não pode passar”, até porque seria uma “carta-branca” para outras empresas que quisessem fazer o mesmo, Catarina Martins denunciou ainda que a PT está a levar a cabo um processo de contratação de trabalhadores temporários, cujo anúncio foi até dado a conhecer aos atuais funcionários.

Ainda de acordo com Catarina Martins, a PT “escreveu uma carta aos trabalhadores que está a dispensar, na qual pergunta se têm amigos que queiram ir para uma empresa de trabalho temporário para exercer funções na MEO“.

“A PT está a dizer aos trabalhadores que está a despedir – justificando que tem gente a mais – que quer contratar os seus amigos para uma empresa de trabalho temporário que vai fazer o mesmo serviço que eles estão a fazer na MEO; quanto desplante, quanto desrespeito pelos trabalhadores“, acrescentou.

Classificando a situação de “inarrável”, Catarina Martins mostrou-se convicta de que a situação comporta uma situação de “fraude” e voltou a apelar à intervenção do Governo.

“É uma fraude e o Governo português não pode deixar passar porque nós temos de ser um país em que quem trabalha é respeitado”, acrescentou.

 

ZAP //

1 Comment

  1. Possivelmente a Altice não estará disposta a ver a empresa continuar a ser comandada por um sindicato e trabalhadores divididos por culpa da partidarização dos sindicatos são de facto preza mais fácil nas mãos do patronato, há muito tempo que os trabalhadores deveriam ter sabido separar o trigo do joio.

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