PSP mantém uso das viseiras sem máscara

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António Cotrim / Lusa

A PSP vai manter o uso das viseiras entre o efetivo até que receba indicações formais das autoridades de saúde de que este equipamento deve ser usado juntamente com máscaras, avançou esta quarta-feira aquela a direção nacional daquela polícia.

O porta-voz da Polícia de Segurança Pública, Nuno Carocha, afirmou à agência Lusa que a PSP tem um plano de contingência para a covid-19 que foi feito com as indicações e em coordenação com as autoridades de saúde, inclusive o uso de viseira.

A viseira é para ser usada pelos polícias no quotidiano e as máscaras utilizadas em situações específicas, como estar em contacto com infetados ou suspeitos com covid-19, explicou.

O porta-voz da PSP frisou que o número de casos de polícias infetados tem seguido uma tendência de “decréscimo significativo” ao longo das últimas semanas, o que significa que o uso da viseira se tem revelado como “uma medida suficiente” para proteção dos polícias.

No entanto, assegurou, que se a PSP tiver indicações formais das autoridades de saúde para se usar a viseira juntamente com máscaras, essa alteração será feita.

Na terça-feira, o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) exigiu que os agentes usem, para além da viseira em acrílico, uma máscara social que os proteja do novo coronavírus, sublinhando que vai recorrer ao tribunal se o Ministério da Administração Interna (MAI) não implementar, no espaço de uma semana, esta medida de segurança.

Também a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) enviou, no início do mês de maio, um ofício ao MAI a solicitar a distribuição de máscaras sociais reutilizáveis aos polícias.

Na semana passada, em conferência de imprensa, a Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou que as viseiras de proteção facial não dispensam a utilização de máscara, uma posição que também foi partilhada pela Ordem dos Médicos e Escolas Médicas.

Portugal contabiliza 1.175 mortos associados à covid-19 em 28.132 casos confirmados de infeção. O país entrou no dia 3 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

// Lusa

1 Comment

  1. Não entendo este país.
    A Directora Geral da Saúde, em pelo menos uma das suas “palestras ao país”, já disse que as viseiras não protegem, nem aquele que a usa nem aqueles que com ele se cruzam.
    Esta posição tem sido corroborada por muitas entidades de bom senso, mas nem assim demovem os “senhores” das polícias para que se possam prevenir e prevenir aqueles que interpelam.
    É público que têm aparecido casos (muitos casos) nos profissionais das forças de segurança, podendo ser estes considerados um foco de propagação da infecção, mas nem assim se dignam cuidar para não serem os agentes de propagação, continuam vaidosamente a mostrar a cara e a falarem com o povo que interpelam como se tivessem a melhor atitude de segurança que se possa imaginar.
    Pior é que certas pessoas usam a desculpa que os polícias só usam viseiras para também procederem da mesma forma.
    Se queremos erradicar o vírus não vai ser com a colaboração desta gente, até parece que pretendem prolongar a crise tentando infectar mais pessoas.
    E onde pára a autoridade do estado que legislou erradamente mas ainda não corrigiu o erro?
    Não sei se posso contar com a confiança nos dirigentes deste Portugal, são só asneiras…
    Com o dinheiro que gastaram na compra de 500 ventiladores que ainda nem chegaram e não fazem falta nenhuma, podiam investir em máscaras decentes para essa gente e dar o exemplo, mas não daquelas máscaras com válvula que só filtram num sentido e se o utilizador estiver infectado passa o mal com toda a facilidade.
    Gostaria que as autoridades promovessem umas palestras onde pudessem explicar ao povo o que é essa contaminação, como se propaga e quais as formas de a evitar e nos protegermos, que não fosse apenas repressão e medo que incutem nas pessoas, assim as autoridades saibam do que se trata esta crise.

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