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“Indemonstrável matematicamente”. PSD e CDS têm programas de quem não pretende governar, diz Costa

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Mario Cruz / Lusa

O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que os programas eleitorais do PSD e CDS são programas de “quem não pretende governar” e apenas “pretende ganhar votos”. Em declarações à Antena 1, António Costa voltou a rejeitar um Governo de coligação com os parceiros de esquerda.

“O que o PSD e o CDS dizem é indemonstrável matematicamente, porque não é possível ter simultaneamente menos receita, mais despesa, e o saldo disto tudo ser ainda inferior. Portanto são manifestamente programas de quem não pretende governar, mas que simplesmente pretende ganhar votos”, disse António Costa, em entrevista à Antena 1.

O Chefe de Estado comprometeu-se “com as baixas de impostos que estão no programa” e não com “uma espécie de leilão a ver quem dá mais a baixa de impostos”, referindo-se desta forma às propostas da oposição.

O PS “aumentar o número de escalões de IRS para a classe média, baixar impostos em função do número de filhos e baixar os impostos sobre as empresas que reinvestiram lucros em modernização ou que investirem no interior”, elencou.

Questionado sobre a hipótese de levar a cabo uma nova geringonça após as eleições, Costa rejeitou – uma vez mais – a existência de um Governo formal com Bloco e PCP.

Não vejo condições políticas objetivas, tendo em conta os programas, para que um Governo de coligação seja mais estável que aquilo que tivemos nesta legislatura. Muito dos temas que nos afastam do PCP e do BE eram comportáveis no grau de compromisso que temos, mas não numa relação mais íntima que aquela que temos tido”.

“Não vale a pena estragar uma boa amizade com um mau casamento”, frisou.

No que respeita a uma eventual maioria absoluta, Costa mantém a mesma posição: diz que vai procurar o melhor resultado possível, mas sem chantagear os eleitores.

“Todos desejamos seguramente o mesmo, que é termos o melhor resultado possível (…) Acho que é inútil estarmos a especular, acho que as pessoas querem saber mais o que pretendemos fazer se governarmos do que com quem é que vamos governar”, afirmou, garantindo que não vai “fazer chantagem com os portugueses”.

As eleições legislativas são a 6 de outubro.

ZAP //

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3 Comments

  1. O que é indemonstrável matematicamente é a governação do Costa & Cia, Lda
    Então vejamos:
    – Maior carga fiscal da história do país

    Seria de esperar que todo este dinheiro servisse para pagar dívida pública, para realizar investimento público, para melhorar os serviços públicos,…

    Vejamos o resultado:
    – Menor investimento público dos últimos 10 anos
    – Aumento da dívida pública
    – Temos agora piores serviços públicos (SNS, Educação e Justiça são bons exemplos)

    Questão que se coloca?
    Para onde foi o dinheiro da maior carga fiscal de sempre? Não serviu para melhorar serviços públicos, para amortizar dívida pública, para investimento público… Para onde foi? O que foi feito com o nosso dinheiro?

    • Convém dizer que o aumento da carga fiscal não foi pelo aumento de impostos mas sim pelo aumento da receita dos mesmos, o que até é positivo!
      Uma carga fiscal alta não é necessariamente mau, neste caso quer dizer que as pessoas estão a pagar consumir mais, as empresas estão a contratar mais, e por via desse movimento económico o estado arrecada mais receita!
      Convém esclarecer, pois há quem goste de colar o indicador carga fiscal a aumento de impostos quando neste caso não é!

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