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PS vai revelar acordo à esquerda antes de Passos cair

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(dr) PSocialista / Flickr

O líder do Partido Socialista, António Costa

O líder do Partido Socialista, António Costa

O acordo à esquerda fica fechado até à moção de rejeição e será revelado até à queda de Passos Coelho, quando o programa de governo da coligação estiver prestes a ser rejeitado na Assembleia.

Apesar de Carlos César ter dito, em entrevista à SIC, que só faria sentido divulgar o acordo quando António Costa fosse indigitado pelo Presidente da República, o presidente do PS corrigiu-se na sexta-feira passada, numa nova entrevista à RTP, e garantiu que o acordo estará “fechado em associação à deposição do Governo” da coligação.

De acordo com as informações apuradas pelo Observador junto de fontes socialistas, o partido quer mesmo dar a conhecer o acordo com o Bloco de Esquerda e Partido Comunista quando o Governo de Passos Coelho estiver para cair, episódio que pode acontecer já nas próximas semanas.

Também o Diário de Notícias já tinha noticiado que este acordo à esquerda deverá estar pronto esta semana. Segundo o jornal, os três partidos querem levar a Cavaco Silva um acordo escrito, com ideias bem assentes para o próximo governo, logo depois da moção de rejeição ao programa do PSD-CDS.

Enquanto isso não acontece, Passos Coelho estará ocupado a formar o seu novo Governo e a escolher os futuros ministros da próxima legislatura. Já do outro lado, as negociações entre o PS, BE e PCP vão continuar.

Jerónimo de Sousa já garantiu que “o acordo está bem encaminhado” e Catarina Martins disse que já há medidas negociadas como, por exemplo, a co-adopção e o fim dos exames do quarto ano.

Porém, de acordo com o Diário Económico, as negociações com o BE estarão mais avançadas do que com o PCP. Por isso, há a possibilidade de virem a existir dois acordos separados das negociações – um entre o PS e o BE e outro entre o PS e o PCP que poderão resultar num único documento assinado pelos líderes dos três partidos.

Em cima da mesa das negociações continua a estar a atualização do salário mínimo que ainda é o ponto que está a gerar maior confronto, uma vez que tanto o BE como o PCP querem que o salário mínimo nacional suba para os 600 euros. Está também a ser discutido o fim da sobretaxa do IRS e a redução do IVA da eletricidade.

Para já, o PS cedeu em não avançar com o corte da Taxa Social Única para as empresas, o que permitirá financiar o descongelamento das pensões.

Caso assuma a posse do Governo, o PS também não vai avançar com a reforma do IRC e os salários da Função Pública serão repostos a um ritmo de 25% por trimestre até ao final do próximo ano o que, segundo o Económico, representa uma despesa que ronda os 600 milhões de euros.

Relativamente à moção de rejeição, é cada vez mais certo que o PS também deverá apresentar um documento, mesmo depois de o Bloco e o PCP terem garantido que iam avançar contra qualquer Governo de Passos. Assim sendo, neste momento existem dois cenários possíveis: ou um texto único entre os três partidos ou documentos diferentes para cada um.

ZAP

7 Comments

  1. Depois de ler isto, só me resta sugerir aos Srs jornalistas, a seguinte questão, aos presidenciáveis: Se “quem” for eleito para Belém,, faz caír o governo de António Costa, assim que tomar posse?
    É que o que está aqui muito claro é o seguinte:
    1 – houve um programa de governo que ganhou as eleições, sem maioria parlamentar, é certo, mas ganhou;
    2 – aqui, estamos perante 3 programas de governo distintos, e que não ganharam, não representam por si só uma maioria de um só programa. Não foi desta forma que se apresentaram aos portuguesas;
    É uma grande mentira o que estão a passar ao país, e uma clara demonstração de ganancia pelo poder, disso não há duvida. Nós, os portuguesitos, temos que sustentar tudo isto.
    Haja novamente eleições, o mais rapidamente possível, e que quem ganhar, PSD; CDS; PS; PCP; BE, ou seja lá quem for, que tenha uma maioria parlamentar, para poder governar com um só programa de governabilidade, apresentado aos portugueses sem espinhas.
    Agora desta forma, é uma MENTIRA
    tenho dito

  2. O António Gomes é mesmo “bacalhau cru”
    Então acha que houve um programa de governo submetido às eleições?
    Ninguém viu qualquer programa de Governo. A única coisa que o Governo apresentou foram algumas dica a Bruxelas e não aos portugueses que iriam votar…
    Palerma…………….
    Você é daqueles que tanto quer eleições e só não deixará de querer eleições, quando o PPD e o CDS tiverem a maioria.
    O PPD/CDS deu-lhe quantos tachos?????????????????????????????
    Vá dar banho ao cao.

  3. As eleiçoes legislativas não se fazem para eleger o 1º ministro, fazem-se para eleger deputados. É o parlamento que vota o programa do governo. Neste caso, a maioria parlamentar vota contra o programa . Sem programa não há governo.
    Passos e Portas têm 107 deputados, Costa tem 86+19+17= 122.
    Em 2011 Passos teve 108 e Portas 24, uniram-se para terem a maioria.
    O caso repete-se. A esquerda une-se como fez a direita em 2011.
    A direita perdeu 819.808 votos, perdeu 25 deputados.
    A esquerda ganha 445.564 votos, ganha 24 deputados.
    Dizem que ganharam? Deve ser ficção!!

  4. Queriam ser governo á força sem programa, como poderia o presidente indigitá-los de mãos vazias? A verdade está cada vez mais visível, o PS está-se a tornar numa encruzilhada de incertezas e dúvidas e a descredibilidade cada vez maior preste a rebentar a qualquer momento bastará um pouco de inteligência por parte dos dois outros partidos de extrema-esquerda e poderão beneficiar da ala esquerda do PS que em próximas eleições passarão para estes partidos enquanto a outra se verá obrigada a votar nos outros partidos mais á direita.

  5. Afinal os programas e os ideários do centro/esqª são tão inconciliáveis que 20 dias depois ainda se arrastam por credibilidade impossível menos para os que resistentemente permanecem com palas de nora!
    O poder cega…

  6. A esquerda BE e PC, quer apenas e só derrubar o Governo PAF e ficar a fazer oposição ao PS, por isso mesmo é que não querem fazer coligação a três!!! Também não sei para quê tanto trabalho, com entendimentos/desentendimentos. uma vez que o PR vai indigitar um Governo de Gestão…

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