PS pode remodelar Governo para evitar desastre

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O presidente do PS, Carlos César, sugere uma remodelação no Governo para evitar que o Executivo saia penalizado no fim da legislatura.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro estão num centro de uma polémica que parece retirada de um thriller de Hollywood. Um cenário que envolve acusações de agressões, roubo e até assessoras escondidas na casa de banho. É um verdadeiro caso de polícia.

O Governo está fragilizado e a solução, de acordo com o Carlos César, poderá passar por uma remodelação. O presidente do PS diz que é “preciso mais rigor e disciplina para Governo não ser penalizado no fim da legislatura”.

César, que é um dos principais conselheiros do primeiro-ministro, admite “alterações na composição” do Executivo para fazer frente ao atual panorama.

Em entrevista ao jornal Público, Carlos César admite que o Governo está num momento “baixo” e que a situação que envolve Galamba e o seu ex-adjunto “é caricata e imprópria do âmbito governamental”.

A admissão da bizarria do episódio vai de encontro ao sentimento da oposição. Esta sexta-feira, vários partidos políticos pediram a demissão de João Galamba caso se confirmasse que as acusações de Frederico Pinheiro eram verídicas. Pinheiro acusou o ministro de querer mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito da TAP quanto à reunião de janeiro com a ex-CEO da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener.

Ainda assim, embora reconheça a estranheza do que aconteceu, Carlos César diz que “segundo as explicações dadas por João Galamba, o próprio terá as suas razões e boas razões”.

O presidente do PS rejeita ainda a ideia de que as perguntas da Comissão Parlamentar de Inquérito a Christine Ourmières-Widener foram combinadas. “Não se provou isso”, retorquiu.

“É inacreditável. Há aqui um certo canibalismo político por parte de alguns comentadores e de alguns partidos que procura deformar os factos e a verdade”, lamenta Carlos César.

Canibalismo político ou não, a mais recente sondagem aponta para uma vitória do PSD por uma margem mínima.

“As sondagens que têm saído não são sondagens que nos encantem, mas compreendemos. Sabemos que nesta fase os governos atravessam grandes dificuldades”, reconhece o socialista, culpando a inflação e dando o exemplo da Finlândia, “o país com o maior índice de felicidade do mundo”, cujo Governo “foi deposto eleitoralmente há poucas semanas”.

ZAP //

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