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Marques Mendes: No círculo restrito do PS, fala-se de Medina para render Centeno (que está em “rota de colisão” com Costa)

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Carlos Barroso / Lusa

Luís Marques Mendes

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes afirmou que o ministro das Finanças, Mário Centeno, está em “rota de colisão” com o primeiro-ministro, apontando o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, como um dos possíveis sucessores à pasta das Finanças no Governo.

“Mário Centeno e António Costa estão em rota de colisão”, disse Marques Mendes, que é também conselheiro de Estado, dando conta que o mal-estar “já vem de trás”.

Segundo o comentador, a situação terá sido agudizada com a “despromoção” do atual ministro das finanças na constituição do Governo. Mário Centeno, recorde-se, é um dos quatro ministros de Estado de António Costa, sendo o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, o número dois na hierarquia do Executivo e também ministro de Estado.

No entender de Marques Mendes, o facto de Mário Centeno não ter participado no primeiro debate parlamentar da legislatura evidencia este mal-estar entre Mário Centeno e António Costa. “Não é obrigatório, mas é normal [a presença do ministro das Finanças]”, apontou.

Mário Centeno “entrou mas está de saída” do Governo, reiterou Marques Mendes, dizendo acreditar que o governante irá para o Banco de Portugal.

Para substituir Mário Centeno, há dois nomes possíveis, segundo o comentador da SIC: o atual presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, ou o atual secretário de Estado das Finanças, Mourinho Félix.

Mourinho Félix seria a solução mais “óbvia” e “natural”, disse Marques Mendes, considerando que está a escolha mais provável. Ainda assim, notou, Costa pode optar por uma escolha “menos provável” e “fora da caixa“, vinda do exterior.

“Há uma solução que se fala, num círculo muito restrito dos bastidores do Partido Socialista, que é Fernando Medina”, afirmou.

Nos últimos meses, os rumores sobre uma eventual saída de Centeno do Governo após terminar o seu cargo na presidência no Eurogrupo têm ganhado força. Tal como recorda o jornal Eco, em cima da mesa poderá estar a sua ida para o Banco de Portugal, em 2020, ano em que o atual governador Carlos Costa termina o mandato.

No debate do programa de governo na Assembleia da República esta semana, Rio questionou Costa sobre o tema, não respondendo o primeiro-ministro à questão.

“[O primeiro-ministro] pura e simplesmente não respondeu à minha pergunta, portanto acho que podemos tirar a ilação de que o ministro das Finanças está a prazo. Ou seja, vai estar uns meses no Governo, mas não vai estar muito tempo”, afirmou o líder do PSD.

ZAP //

8 Comments

  1. Parece-me uma boa escolha. Já deu provas em Lisboa de que percebe de finanças, pelo menos das pessoais. Pelo que li na imprensa, e nunca vi nenhum desmentido, esta criatura conseguiu vender a casa onde morava por um valor muitíssimo bom e, exatamente na mesma altura, conseguiu comprar uma outra por um valor extremamente baixo para os valores de mercado a uma sócia de uma empresa de construção. Depois, passado uns meses, adjudicou por ajuste direto uma obra de alguns milhões a essa mesma empresa pela câmara de Lisboa. Se tudo isto é verdade, nem sei como se mantém no cargo que ocupa. Lixo deste é o que há mais na política em Portugal. Como disse, nunca vi nenhum desmentido dessa notícia.

  2. Raios …. o furão, conseguiu infiltrar o “circulo muito restrito” dos bastidores do P.S. Ou foi consultar a vidente Maya !….e saber que é Conselheiro de Estado, um espião espalha brasas no poder máximo !

  3. Pois!!! As minhas previsões estão a começar a ganhar forma. Segundo o que vejo nas mãos do Costa não vai chegar ao fim do mandato, erros sucessivos nas escolhas vão ditar a queda deste governo.

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