Para o PS, já chega: é altura de acabar com o atual ambiente no Parlamento

4

António Cotrim / LUSA

Alexandra Leitão lidera comitiva do PS na reunião do OE 2025

As “bocas” sobre Ana Sofia Antunes foram o limite. Socialistas propõem alterações ao código de conduta dos deputados e novas sanções.

O PS vai propor alterações ao código de conduta dos deputados para incluir novas sanções e pretende que o presidente da Assembleia da República peça desculpa à deputada Ana Sofia Antunes, em nome do parlamento.

Em conferência de imprensa, a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, insurgiu-se contra a conduta do Grupo Parlamentar do Chega, designadamente quanto ao incidente gerado na sessão plenária de quinta-feira, quando a deputada do partido de extrema-direita Diva Ribeiro acusou a socialista Ana Sofia Antunes, que é cega, de só conseguir “intervir em assuntos que, infelizmente, envolvem deficiência”.

Alexandra Leitão defendeu que “o ambiente de violência verbal, de provocação e de intimidação que se vive na Assembleia da República tem que acabar e é tempo de dizer basta” àquele tipo de situações, considerando que o código de conduta do deputado que está em vigor “é manifestamente insuficiente”.

“O PS vai estudar e propor alterações ao código de conduta no sentido de tornar mais efetivo o cumprimento deste e de outros deveres, incluindo a previsão de sanções como existem em parlamentos de vários países e no Parlamento Europeu”, antecipou.

Alexandra Leitão considerou ainda que o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, deveria apresentar, em nome do parlamento, “um pedido de desculpas à deputada Ana Sofia Antunes” e no futuro tudo fazer “para evitar a agressão verbal a que deputadas e deputados estão hoje sujeitos neste ambiente de degradação do parlamento”.

“Hoje mesmo, no inicio do plenário, teria sido uma excelente ocasião”, sustentou.

De acordo com os relatos da líder parlamentar no PS, após as declarações da deputada do Chega foram ouvidos apartes, com o microfone desligado, nos quais se pode ouvir expressões como “aberração, isto não é uma esquina, pareces morta, és uma drogada”, dirigidas à bancada socialista.

// Lusa

4 Comments

  1. O que é tempo é de acabar com este regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974.
    «…O sistema político da Constituição de 1976 está gasto, transformou a Democracia, Esperança do 25 de Abril, num “ancien régime”. Transformou-A numa partidocracia subordinada a várias oligarquias, onde impera o poder do dinheiro e não o Primado da Pessoa Humana, nem a soberania do Povo.
    O Estado Social vem sendo descaradamente destruído e agravam-se as desigualdades sociais.
    Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação selvagem, dominam o Estado. Portugal, por culpa da passividade e da incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e Ideologias.
    Está assim comprometido o Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha» (https://www.aofa.pt/rimp/PR_Alberto_Joao_Jardim_Documentacao.pdf)

    1
    2
  2. Façam como na Venezuela e acabem com a liberdade de expressão!
    Só fica mal a quem diz essas parvoíces, se é que aconteceu mesmo… Mas cabe ao povo escolher em liberdade os seus representantes.

    1
    2
  3. Tadinhos !!! os meninos do infantário da direita disseram palavras feias aos meninos bétinhos do infantário da esquerda !!!
    O POVO É QUE DECIDE QUEM É SANCIONADO OU NÃO ATRAVÉS DO VOTO !!!. Mais uma vez a altivez do PS e a mania de que mandam nisto tudo é bem patente, se não suportam a pressão do parlamento que nestes ultimos 50 anos dava para pintar as unhas e dormir umas sonecas, demintam-se e deem lugar a outros, alem do mais o histórico de mau comportamento no parlamento por parte do PS e outros também não é famosa, quem não se lembra dos corninhos de Manuel Pinho, “mentirosa é a tua tia….” José Socrates, as bacoradas ditas pelo Rui Tavares, etc… tudo miminhos de boa camaradagem.

    1
    1
  4. O Partido Socialista insiste em alimentar a vitimização e o espetáculo político, desviando as atenções dos verdadeiros problemas que assolam o país. Desta vez, o alvo da sua encenação foi um episódio lamentável no Parlamento, que, como de costume, foi inflacionado para justificar mais censura e restrições à liberdade de expressão.
    A proposta do PS para reformular o código de conduta dos deputados e incluir novas sanções não passa de uma tentativa desesperada de controlar o discurso político e de silenciar vozes que lhes são incómodas. Em vez de se preocuparem com a degradação das condições de vida dos portugueses, com a economia em declínio ou com a corrupção que grassa nos corredores do poder, focam-se em criar um ambiente parlamentar artificialmente higienizado, onde apenas se pode dizer aquilo que lhes agrada.
    O Parlamento deveria ser um espaço de debate livre e democrático, onde se discute o futuro do país com seriedade e respeito pelos cidadãos que elegeram os seus representantes. No entanto, transformou-se num palco de guerrilha verbal, onde a indignação seletiva do PS serve apenas para alimentar agendas ideológicas e reforçar a sua posição no jogo político.
    É escandaloso que o Partido Socialista se apresente como o grande paladino da ética parlamentar quando é o próprio PS que, há décadas, enche as bancadas da Assembleia da República com carreiristas sem mérito, alinhados com a máquina maçónica que continua a parasitar as instituições do Estado. Onde está a honra que deveria caracterizar a casa da democracia? Onde estão os verdadeiros estadistas que deveriam estar ao serviço do povo? Em vez disso, temos um desfile de oportunistas que fazem da política um trampolim para os seus interesses pessoais.
    A hipocrisia do PS não conhece limites. Clamam por um Parlamento mais respeitável, mas ignoram deliberadamente os escândalos internos que minam a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. Se realmente estivessem preocupados com a dignidade do Parlamento, começariam por garantir que os seus próprios membros fossem exemplos de integridade e competência, em vez de perpetuarem um sistema viciado e podre.
    Portugal precisa de uma Assembleia da República que esteja à altura do povo que representa. Não de um teatro de farsas onde o PS dita as regras do que se pode ou não dizer. Chega de demagogias, chega de manipulações. O país exige políticos de verdade, não atores de uma novela política medíocre.
    Artur Orfão

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.