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Governo garante que “PRR transformará o rosto da saúde em Portugal”. OM tem dúvidas

Diogo Serras Lopes abriu o sexto debate Expresso/Deloitte sobre o Plano de Recuperação e Resiliência para 2021-2026 com o anúncio de novos centros de saúde mais proativos e resolutivo.

“O Plano de Recuperação e Resiliência transformará claramente o rosto da saúde em Portugal”, disse o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, na abertura do debate “PRR: um motor de transformação do sector da saúde?” promovido na terça-feira pelo Expresso em parceria com a Deloitte.

O governo português propõe alocar €1.383 milhões só para o reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo o Expresso, as prioridades de investimento incluem €463 milhões para cuidados de saúde com mais respostas; €300 milhões para transição digital na saúde; €205 milhões para rede nacional de cuidados continuados integrados e rede nacional de cuidados paliativos; €196 milhões para equipamento dos hospitais de Seixal, Sintra, Lisboa; €89 milhões para fortalecimento do serviço regional de saúde da Madeira; €85 milhões para conclusão da reforma da saúde mental; €30 milhões para o hospital digital dos Açores e ainda €15 milhões para digitalização da saúde na Madeira.

No documento pode ler-se ainda que o maior investimento será nos centros de saúde, reforçando a capacidade de diagnóstico precoce de cancros e outras doenças, alargando a carteira de serviços prestados, investindo na construção e requalificação das instalações e  apostando em respostas de proximidade, através das teleconsultas e telemonitorização de doenças crónicas.

Foram ainda apresentadas outras oportunidades que o PRR traz para o sector público e privado, incluindo as empresas integradas no chamado “ecossistema” da saúde.

“Tem de se colocar ‘os pontos nos is“

Por sua vez, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, alerta que as verbas previstas para a saúde no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não valem mais do 2% da despesa pública anual em saúde.

O PRR “é para executar durante cinco anos, o que na prática significa cerca de €277 milhões por ano”, esclareceu o bastonário durante o debate. “Pode parecer que é uma coisa bombástica em termos de investimento, mas tem de se colocar ‘os pontos nos is’ relativamente ao valor que vamos ter”.

O bastonário da Ordem dos Médicos alertou para o “caminho muito grande” que o sector ainda tem por percorrer em termos de digitalização, escreve o Expresso.

ZAP //

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