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Protestos em Londres acabam em violência. Mais de 100 detidos e vários feridos

Neil Hall / EPA

Mais de 100 pessoas foram detidas após os confrontos deste sábado em Londres entre a polícia e manifestantes, entre os quais alguns de extrema-direita, que alegavam querer proteger estátuas.

Os manifestantes envolveram-se em confrontos com a polícia, junto ao Parlamento, em Londres, durante manifestações contra o racismo, segundo as autoridades.

Os agentes policiais foram atacados com garrafas, latas e outros objetos cortantes num dia marcado pela violência na zona governamental desta capital, durante uma manifestação antirracista.

Segundo a Polícia Metropolitana de Londres (Met), as pessoas detidas foram presas por agressão aos agentes, por atos de violência, posse de drogas e embriaguez.

Quinze pessoas, incluindo dois policias, ficaram feridas e seis foram hospitalizadas, segundo o Serviço de Ambulâncias, que não forneceu mais pormenores sobre o seu estado.

Os ativistas da extrema-direita, muitos dos quais estavam bêbados, reuniram-se em Londres para defender estátuas de figuras históricas britânicas, depois dos atos de vandalismo do fim-de-semana passado.

A estátua do ex-primeiro-ministro, Winston Churchill, por exemplo, apareceu pintada, forçando o Governo a protegê-la e a cobri-la para evitar danos.

Com os braços erguidos e gritando “Inglaterra”, os ativistas da extrema-direita atiraram garrafas, latas e pontapearam os agentes, enquanto a Polícia Metropolitana de Londres está a investigar um homem que urinou numa placa dedicada ao polícia Keith Palmer, que morreu no atentado terrorista de 2017 no Parlamento de Westminster.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, escreveu no Twitter que “o vandalismo racista não tem lugar” nas ruas e a quem atacar a polícia, será dado todo o peso da lei.

A secretária do Interior, Priti Patel, também já tinha criticado o “vandalismo inaceitável” dos manifestantes que provocaram a polícia. “Qualquer pessoa que cometer violência ou vandalismo deve esperar toda a força da lei. A violência contra os nossos polícias não será aceite. O coronavírus continua a ser uma ameaça para todos”, escreveu na mesma rede social.

Para além destes incidentes, houve manifestações pacíficas em Hyde Park e noutras cidades britânicas, incluindo Belfast e Brighton, por grupos que procuraram expor o racismo na sequência do assassinato do afro-americano George Floyd.

Este sábado, também houve protestos antirracismo em Paris, França, que, segundo o jornal online Observador, juntaram entre 15 mil a 20 mil pessoas. Também se registaram confrontos com a polícia, depois de lhes terem sido atirado objetos, e contra-protestos de ativistas de extrema-direita.

Também decorreram protestos noutras cidades francesas como Marselha, Lyon, Montpellier, Nantes e Bordéus. Segundo o mesmo jornal, para este domingo estão já marcados novos protestos em Estraburgo.

As manifestações estão a ser promovidas pelo “Comité Adama Traoré”, grupo que lembra a morte de um jovem negro, em 2016, na capital.

ZAP // Lusa

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