Marcelo pressionou e Medina cedeu. Promoções dos militares vão avançar

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Manuel de Almeida / Lusa

O ministro das Finanças, Fernando Medina

Fernando Medina atendeu aos apelos de Marcelo Rebelo de Sousa e vai avançar com as promoções aos militares que o Presidente da República visou.

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a repetir, esta quarta-feira, a necessidade de mais investimento na Defesa, nomeadamente na exigência de novos meios e apoios às Forças Armadas.

“É preciso aprontar rapidamente um meio preciso para a NATO? Fazem isso e conseguem fazer o milagre. Não dá para fazer milagres sistemáticos, que é fazer omeletes sem ovos. Neste momento, estamos a fazer omeletes com poucos ovos. Um dia não dá para fazer omeletes sem ovos”, atirou.

O Presidente da República tinha pedido no seu discurso do 25 de Abril “mais meios imprescindíveis” para as Forças Armadas e “um consenso nacional continuado e efetivo” para fortalecer este “pilar crucial”.

Marcelo defendeu a criação de um quadro de praças para o Exército e Força Aérea para combater a escassez de efetivos, como o Governo anterior chegou a anunciar.

O chefe de Estado apontou ainda o atraso nas promoções dos militares como um resquício dos tempos da troika. As promoções deviam ocorrer durante o ano, mas desde os tempos da troika só são decididas em dezembro, para as Finanças não pagarem retroativos.

Já esta sexta-feira, Fernando Medina aprovou um despacho que aprova as promoções que são automáticas e que não dependem dos conselhos dos ramos, escreve o Expresso.

Esta foi uma das medidas que António Costa não promoveu e, no seus discurso do 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa não deixou passar em branco.

“Se as promoções por sistema chegam com um ano de atraso — com a troika foi assim —, se continuamos a viver em troika em termos de promoções, pensa-se duas vezes antes de se entrar nas Forças Armadas”, disparou.

ZAP //

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1 Comment

  1. Pois claro, num país onde temos oficiais a mais o grande investimento nas forças armadas é em promoções…. Assim depressa atingiremos os 2% do PIB em despesa militar, e quando formos chamados para participar em ações da NATO enviamos meia dúzia de gatos pingados com equipamento obsoleto.

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