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Programa do PS com cedências em áreas-chave a BE e PCP

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Miguel A. Lopes / Lusa

O líder do PS; António Costa

O líder do PS; António Costa

Uma ampla maioria da Comissão Nacional do PS aprovou este sábado a proposta de programa para um futuro executivo suportado também por BE, PCP e PEV, com o partido “confiante” num apoio “maioritário, estável e duradouro” no parlamento.

O PS prevê reduzir as taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde (SNS), eliminar algumas taxas de urgência e repor o transporte de doentes não urgentes, revela a proposta de programa de Governo aprovada este sábado.

Entre os militantes presentes, 163 votaram favoravelmente, dois abstiveram-se e sete votaram contra. Segundo fonte partidária, houve cerca de dezena e meia de intervenções na discussão, além do secretário-geral, António Costa.

Outra das medidas contempladas na proposta para “reduzir as desigualdades entre cidadãos no acesso à saúde” é a “reposição do direito ao transporte de doentes não urgentes tendo em vista garantir o acesso aos cuidados de saúde de acordo com as condições clínicas e económicas dos utentes do SNS”.

O documento, que incorpora as medidas resultantes das negociações do PS com o Partido Comunista Português (PCP), com o Bloco de Esquerda e com “Os Verdes”, refere a “redução global do valor das taxas moderadoras” e a “eliminação das taxas moderadoras de urgência sempre que o utente seja referenciado”.

A proposta de programa de Governo do PS foi apresentada para apreciação na reunião da Comissão Nacional do partido, que se realiza na sede do largo do Rato.

O documento inclui indicações de propostas eliminadas do Programa Eleitoral e assinala também as medidas que foram objeto de alteração, seja por parte do PS individualmente, seja resultante das negociações com o PCP, “Os Verdes” ou com o BE.

A Comissão Política dos socialistas, que se realiza este domingo, avaliará este programa de governo, mas também as condições políticas de estabilidade ainda em negociação com PCP, Bloco e “Os Verdes” para a existência de um Governo de legislatura.

O PCP terá tambémo seu comité central reunido durante o dia e o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, dará uma conferência de imprensa pelas 19:00.

ZAP / Lusa

6 Comments

  1. Adivinha-se que o actual triunvirato com apetência inusitada pelo poder está já a terraplanar terrenos para nova aterragem da troica em Portugal porque o PS aceitou ser joguete também de outros partidos socialista europeus… Tantas ofertas implicam despesa e não está encontrada a forma de contrapartidas do financiamento que permita o cumprimento de meta de déficite orçamental acordada com parceiros europeus.
    Governo estável e duradouro?

  2. O anúncio da convocatória para a manifestação da CGTP antes da realização e possivelmente conclusiva reunião do Comité Central do PCP condiciona ou define como funcionará a correlação de forças da esquerda portuguesa e por consequência o futuro político de Portugal… Incoerente e Volátil por antagonismos intestinos dos seus ideários programáticos… Com PS sozinho na fogueira do governo e o BE ou o PCP com as “batutas” de condão!

  3. Não sou de partido nenhum. Sou português e desejo ver o meu país melhor do que está neste momento, mas não vejo legitimidade nenhuma nesta farsa política inventada pelo PS para chegar ao poder, quando os portugueses lhe negaram, legalmente, esse acesso nas eleições próximas passadas. O que dizem defender – a democracia, a soberania do povo – foi para o lixo, com este verdadeiro atentado à democracia, não respeitando a decisão e a votação do povo. Portugal não está bem? É verdade! Mas vai ficar pior, se estes senhores irresponsáveis e hipócritas, que traem os seus próprios ideais políticos para chegarem a ter o que não têm legitimidade de ter, Promessas sem planos concretos e viáveis, já as ouvimos há muito. Prometer acabar com o desemprego, baixar as taxas moderadoras, aumentar o salário mínimo e outras que tais são coisas excelentes, e o povo precisa delas, mas onde estão os meios para conseguir isso? Não passam de promessas ilusórias, no momento atual. Não há maior cego do que aquele que não quer ver, mas, pior ainda, é quando esse cego arrasta outros na sua queda.
    Juntar num só cesto a galinha, a raposa e os ovos não vai levar a lado nenhum (de bom, entenda-se). Promessas ocas e sem uma verdadeira base de sustentação, não passam de iscos para engodar os pobres portugueses que já não sabem muito bem onde tudo isto irá parar. Mas o caminho que se avizinha, se este verdadeiro “golpe contra a democracia” (ou seja, contra a vontade, a autoridade e a decisão do povo) se concretizar é só a descer, até cairmos, de novo, no fosso onde fomos lançados há alguns anos (precisamente pelas políticas irresponsáveis, ilusórias e gananciosas de senhores como os que agora se arrogam o direito de ir contra o próprio povo que dizem defender) e de onde dificilmente temos andado a sair, pouco a pouco.
    Pobre Portugal, que tais “filhos” tem.

  4. Querem ver um “baby doc” no governo do Costa?
    … Nunca meterei os pés (de carro) em rampas de corte inglês à portuguesa, nem que fossem debroadas a marfim cravejadas de diamantes.

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