Professores universitários exigem salários equiparados aos dos juízes

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A Associação Sindical de Docentes e Investigadores (SNESup-ASDI) apresentou, esta terça-feira, ao Governo uma proposta de atualização das tabelas salariais.

Em comunicado, a associação sindical recorda a perda do poder de compra assim como “a perda da indexação do vencimento de professor catedrático ao de juiz conselheiro”, que foi legalmente estabelecida em 1987.

No entanto, o presidente do SNESup, Gonçalo Leite Velho, recordou que “os salários dos professores do Ensino Superior não sofrem atualizações desde 2009” e que, desde então, houve um aumento da inflação de 11,7 pontos percentuais.

“Atualmente, o valor do índice 100 na carreira de magistratura é de 2.549,91 euros mensais brutos, enquanto que para os docentes e investigadores do Ensino Superior e Ciência é de 1.636,83 euros”, sublinha o SNESup.

Perante estes dados, a associação sindical decidiu enviar à ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública uma primeira proposta de atualização salarial para “exigir a correção dos salários dos professores do Superior e investigadores da carreira científica”.

O SNESup lembra ainda que a estagnação das carreiras tem sido “a regra nos últimos anos, dado o desadequado desenho do sistema de progressões que gera injustiças”.

Para Gonçalo Leite Velho, “a atualização das tabelas salariais permite iniciar um caminho de correção de injustiças, que inclua todos os docentes, nomeadamente aqueles que se encontram em situações mais frágeis, como os professores convidados e os investigadores”.

// Lusa

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3 Comments

  1. É profundamente lastimável a forma como estes profissionais – gente altamente qualificada- são tratados:
    Há professores universitários que trabalham há cerca trinta anos como professores e investigadores na categoria com que entraram na carreira (Professores Auxiliares) com uma agravante: desde que a troica entrou, o seu rendimento líquido tem vindo a diminuir, ano após ano, sem considerar oa inflação . Este é um dos casos que se pode dizer que a troica é como a toyota: veio para ficar e ficou mesmo! Que país é este que trata os seus melhores ativos (investigadores, cientistas académicos) como os parentes pobres que assistem resilientes à degradação do ensino superior, da Ciência e da Tecnologia em Portugal? Portugal pode orgulhar-se de formar excelentes profissionais, cobiçados pelos principais países europeus. A questão que fica é a seguinte: será que com a estagnação da carreira universitária e o envelhecimento deste corpo docente, cansado e profundamente desiludido, Portugal vai manter a qualidade de ensino que tem atraído milhares de estudantes estrangeiros? Será que a qualidade do ensino universitário se compadece com docente (altamente qualificados) mas em situação precária a ganharem 700 ou oitocentos euros?
    Portugal para onde vais?
    Abissus abissum invocat!

  2. É profundamente lastimável a forma como estes profissionais – gente altamente qualificada- são tratados:
    Há professores universitários que trabalham há cerca trinta anos como professores e investigadores na categoria com que entraram na carreira (Professores Auxiliares) com uma agravante: desde que a troica entrou, o seu rendimento líquido tem vindo a diminuir, ano após ano, sem considerar oa inflação . Este é um dos casos que se pode dizer que a troica é como a toyota: veio para ficar e ficou mesmo! Que país é este que trata os seus melhores ativos (investigadores, cientistas académicos) como os parentes pobres que assistem resilientes à degradação do ensino superior, da Ciência e da Tecnologia em Portugal? Portugal pode orgulhar-se de formar excelentes profissionais, cobiçados pelos principais países europeus. A questão que fica é a seguinte: será que com a estagnação da carreira universitária e o envelhecimento deste corpo docente, cansado e profundamente desiludido, Portugal vai manter a qualidade de ensino que tem atraído milhares de estudantes estrangeiros? Será que a qualidade do ensino universitário se compadece com docente (altamente qualificados) mas em situação precária a ganharem 700 ou oitocentos euros?
    Portugal para onde vais?
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