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Professores em protesto vão recolher postais (e poderão parar na caixa de correio de Costa)

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José Sena Goulão / Lusa

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) inicia nova ação para reivindicar a contagem integral do tempo de serviço congelado. A ideia é recolher postais de apoio aos professores para ser enviados ao primeiro-ministro.

A Fenprof vai estar esta segunda-feira nas ruas e junto às escolas das capitais de distrito das regiões Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Sul. Na terça-feira, é a vez das capitais de distrito da região Norte.

O objetivo da ação é trazer apoio popular para a luta dos professores pela contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço congelados, estando há praticamente um ano num braço-de-ferro com o Governo sobre a matéria.

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, explicou que o objetivo é que “fique claro que as pessoas não estão contra a luta dos professores e a consideram justa”. A asociação vai pedir ainda a cada professor que traga para a luta um ‘não-professor’.

O envio, ou não, dos postais ao primeiro-ministro fica dependente do que ficar decidido na versão final do Orçamento do Estado para 2019, que vai ser votada a 29 de novembro.

A Fenprof exige que o orçamento do próximo ano contabilize uma verba que, pelo menos, dê início à recuperação do tempo congelado, nos termos em que os sindicatos reivindicam, ou seja, os nove anos, quatro meses e dois dias.

Os sindicatos de professores rejeitam a proposta avançada unilateralmente pelo Governo de contar apenas dois anos, nove meses e 18 dias, que apenas acontecerá para cada professor no momento da sua próxima progressão de escalão.

Os professores depositam as suas esperanças no parlamento, esperando que os grupos parlamentares acolham a proposta dos sindicatos de adotar a solução encontrada na região autónoma da Madeira, que prevê a recuperação de todo o tempo, de forma faseada, até 2025, ao ritmo de cerca de um ano e meio de serviço por cada ano civil.

// Lusa

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