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Fuga de informação em exame de Português: aberto processo disciplinar a professora

Edviges Ferreira é suspeita da autoria da fuga de informação no exame nacional. No entanto, a docente nega ter cometido “qualquer falha ou irregularidade”.

Edviges Ferreira, presidente da Associação de Professores de Português (APP), foi notificada de que terá sido aberto um processo disciplinar relativamente à fuga de informação no exame nacional de Português deste ano.

O processo foi-lhe instaurado pela Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC), por suspeitas de ter sido esta a autora da revelação do conteúdo do exame de 12º ano.

A professora continua a negar ter sido a responsável, conforme relembra o Diário de Notícias, afirmando “não saber de nada”.

Questionada se teria sido a pessoa que passou as perguntas do exame a alguns alunos, a docente foi perentória: “Claro que não fui eu“, disse.

A docente dá aulas na escola secundária Rainha Dona Leonor, em Lisboa, e explicações a vários alunos de outros estabelecimentos, nomeadamente do ensino privado. Helder Sousa, presidente do Instituto de Avaliação Educativa confirmou, além do mais, ter “reportado essa indicação à IGEC”.

Em comunicado, enviado no seguimento do contacto do DN, Edviges Ferreira garantiu que não recebeu nenhuma notificação da parte do Ministério da Educação.

Não fui até hoje notificada de qualquer tipo de processo em que seja visada, relativo aos factos noticiados pelo jornal Expresso. Surpreende-me que o jornal tenha conhecimento de que supostamente me foi aberto um processo disciplinar, quando eu própria não tenho qualquer conhecimento de nenhum processo”, refere.

A docente refuta ainda qualquer ligação ao caso: “Tenho 41 anos de carreira como professora, que falam por si, sempre sem qualquer mácula disciplinar. Obviamente, não cometi qualquer falha ou irregularidade”, sublinha Edviges Ferreira.

Dias antes do exame nacional de Português, circulou na internet o áudio de uma aluna que revelava o que sairia no exame. Podia ser só uma brincadeira, mas a verdade é que saiu mesmo.

A situação foi depois denunciada ao Ministério da Educação por Miguel Bagorro, professor na Escola Secundária Luísa de Gusmão, em Lisboa, que teve conhecimento da gravação no sábado, através de um aluno a quem dava explicações de Português.

ZAP //

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