Bolachas, batom, chocolate: 5 produtos do dia-a-dia que têm chumbo escondido

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Um dos metais mais tóxicos que conhecemos está oculto em produtos que usamos diariamente – e não é só na comida.

Sabemos que o chumbo é um metal altamente tóxico, é mesmo um dos mais tóxicos que conhecemos para a saúde humana. Mas continua a contaminar produtos do dia a dia, representando sérios riscos.

Apesar dos esforços para reduzir a exposição ao chumbo, ainda está presente em alimentos, cosméticos e suplementos, levantando preocupações sobre seu impacto na saúde pública.

O portal ZME Science fez uma lista de cinco produtos comuns que podem expor os consumidores à perigosa toxicidade do chumbo.

Bolachas
Nos EUA, um estudo recente encontrou chumbo em 64% das bolachas de araruta. O que mais preocupa são uma espécie de biscoitos para dentição, muito consumido por bebés. Mesmo uma exposição mínima ao chumbo em crianças pode causar problemas de comportamento e redução do QI.

Especiarias
Canela moída, por exemplo. Já foi encontrada – de várias marcas – com níveis excessivos de chumbo. Outros estudos sugerem que açafrão, pimenta em pó, coentros e açafrão-da-terra também podem estar contaminados.

Suplementos de proteína
Com o aumento da procura por suplementos proteicos, cresce também a preocupação com a contaminação por chumbo. Quase metade dos 160 suplementos proteicos mais vendidos nos EUA tem chumbo e cádmio. Os suplementos orgânicos e com sabor a chocolate apresentaram os níveis mais altos de chumbo, sendo que as versões com chocolate tinham até 110 vezes mais cádmio do que os de baunilha.

Chocolate/cacau
Estudos recentes identificaram altos níveis de chumbo no chocolate negro e em outros produtos à base de cacau. Como o chocolate é amplamente consumido em várias formas — bolos, doces ou gelados — a sua contaminação representa uma preocupação significativa para a saúde pública.

Batom
Talvez o mais surpreendente? O batom, um dos cosméticos mais vendidos no mundo, também pode conter chumbo. Numa análise a mais de 400 modelos, das maiores marcas, nenhuma amostra estava livre de chumbo, embora os níveis estivessem abaixo do limite de 20 ppm. A exposição contínua, mesmo a baixas concentrações, pode levar a infertilidade, hipertensão e transtornos emocionais. Porque nenhum nível de chumbo é seguro – o metal acumula-se no organismo ao longo do tempo.

Para se proteger, ficam três dicas essenciais: ler rótulos, escolher marcas de confiança e optar por alternativas naturais ou caseiras.

ZAP //

3 Comments

  1. Não digam que o chumbo é dos mais tóxicos para a saúde humana! É tóxico em grandes quantidades passando para o organismo (pode causar alguma degradação cerebral), mas há muitos mais metais mais perigosos.
    Em pequenas quantidades (mesmo pequenas) é inócuo. Um exemplo são as pessoas mais velhas que têm a amalgama de chumbo e mercúrio nos dentes! (nunca foi recomendado que fossem retirados os “chumbos” antigos nos dentes, embora tenham retirado esse produto à umas décadas.
    E, ao contrário do que é dito na notícia, os produtos “naturais” também estão contaminados com chumbo, e outras coisas, basta estarem a crescer no solo e em contacto com a atmosfera.
    Como em tudo, o problema é a quantidade superar a capacidade de controlo do nosso corpo.

    • Não será por existirem metais mais perigosos – ou tóxicos – que o chumbo que torna o chumbo mais seguro, certo? Logo, não vejo problema nenhum em se alertar que não se encontra informado devidamente (e direi que serão muitas pessoas).

      Quanto ao exemplo da amálgama de chumbo nos dentes, posso falar por experiência própria, tanto assim é que tomei a decisão de remover todo esse lixo tóxico que tinha nos dentes, e que – literalmente – me intoxicaram o corpo durante anos. Essas amálgamas, ao longo do tempo, vão se deteriorando e libertando metais pesados tóxicos, ou , como o mercúrio, estanho, zinco, etc.

      Foi justamente por essa inércia associada ao “nunca foi recomendado que fossem retirados” (e que não é totalmente verdade, diga-se) que, por desconhecimento, me levou a ter prejudicado a minha saúde pessoal durante décadas.

      • O problema está em diabolizar as coisas! Se o chumbo fizesse tão mal como dizem, eu já cá não estava! em criança a canalização de casa era de chumbo. Cresci a ir à pesca e a morder os chumbos fendidos para os apertar (às vezes os dedos estavam protos dos chumbos libertarem um pouco ao serem agitados no bolso). Como havia muitos caçadores na família engoli muitos chumbos quando comemos a caça. Tenho, desde a adolescência dois dentes “chumbados” com a amalgama de chumbo e mercúrio (outro diabolizado!).
        Para concluir, o cobre é mais nocivo que o chumbo e não vejo a proibição de cozinhar em panelas de cobre!
        Como cientista fico chocado com as normativas internacionais da OMS (A poeira que vem do Sahara torna o ar nos Açores impróprio para respirar a maioria dos dias, de acordo com a OMS). às vezes basta um estudo, sem grandes bases, para decretarem uma limitação (como aconteceu com as linhas de alta tensão)

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