Tragédia “incrivelmente rara” em sala de ressonância magnética. Corrente de nove quilos, ao pescoço de homem de 46 anos, foi atraída pelo campo magnético da máquina. Família da vítima aponta ainda falhas graves por parte da clínica.
Um homem de 46 anos perdeu a vida num centro de diagnóstico em Long Island, Nova Iorque, ao ser puxado por uma máquina de ressonância magnética enquanto usava uma corrente metálica de musculação ao pescoço, com cerca de nove quilos.
O incidente ocorreu na passada quinta-feira, no centro Nassau Open MRI, em Westbury, e está a ser investigado pelas autoridades do Condado de Nassau. Segundo as informações divulgadas pelo The Independent, a vítima entrou na sala de exames sem autorização da equipa técnica, a pedido da sua companheira que se encontrava a realizar uma ressonância ao joelho. Ao aproximar-se da máquina, o campo magnético extremamente potente atraiu a corrente de nove quilos que trazia ao pescoço, resultando numa força violenta que o projetou contra o equipamento.
A sua companheira relatou que, ao sentir-se desconfortável durante o exame, chamou o companheiro para a ajudar a sair da sala. Momentos depois presenciou o trágico incidente e implorou aos técnicos que desligassem o equipamento e contactassem os serviços de emergência. No entanto, o homem sofreu pelo menos três paragens cardíacas e acabou por não resistir.
“Nem o halterofilista mais forte não conseguiria evitar este tipo de acidente”, considera o Emanuel Kanal, diretor do Serviço de Ressonância Magnética do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, ao New York Post.
As máquinas de ressonância magnética (RM) funcionam com ímanes extremamente potentes, capazes de gerar campos magnéticos que se estendem muito além da estrutura do aparelho. Estes campos exercem uma força intensa sobre objetos metálicos, incluindo ferro, certos tipos de aço e outros materiais magnetizáveis.
As autoridades continuam a investigar o caso. Enquanto isso, a família da vítima aponta ainda falhas graves por parte da clínica, alegando que o técnico responsável nunca alertou McAllister para retirar a corrente antes de entrar na sala. A enteada escreveu numa página de angariação de fundos que o técnico abandonou a sala sem avisar o homem do perigo da corrente metálica num ambiente com campo magnético ativo.