Metade dos membros do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) fizeram questão de deixar por escrito a sua oposição ao comportamento da procuradora-geral da República, Lucília Gago, no processo de nomeação do novo procurador-geral regional do Porto, que tomou posse esta segunda-feira.
As declarações de voto, algumas que acusam Lucília Gago de violar o próprio Estatuto do Ministério Público, foram agora publicadas no boletim do próprio CSMP, que resume a reunião realizada a 23 de Junho.
Em causa está o facto de a lei determinar que a nomeação dos procuradores regionais cabe ao órgão de gestão e disciplina do Ministério Público, o conselho superior, após “proposta fundamentada da procuradora-geral” entre “um mínimo de três” nomes.
Desta forma, Lucília Gago apresentou três nomes, mas assumiu desde logo que dois eram para “cumprimento da formalidade”.
Segundo o Público, uma das magistradas nem sequer juntou o respetivo currículo. Também a outra colega está em idade de se jubilar, além de ambas, informou a própria procuradora-geral na reunião, nem sequer terem sido sondadas para saber se estariam interessadas no cargo em causa.
Os dois membros do conselho nomeados pela ministra da Justiça para o CSMP demarcaram-se da posição de Lucília Gago.
“À procuradora-geral incumbe apresentar o nome de três candidatos com perfil adequado para o exercício das funções e que mostrem disponibilidade para aceitar o cargo. Não foi o que se verificou na presente situação em que a proposta de dois dos nomes não foi sequer fundamentada”, escreveu o advogado Arala Chaves na sua declaração de voto.
Já o advogado Rui Silva Leal, indicado pelo PSD para o conselho, diz não ter dúvidas que a “nomeação é da competência inequívoca e exclusiva do CSMP.
Na tomada de posse desta segunda-feira a procuradora-geral fez questão de voltar ao tema e insistir na correção da sua atuação.
A “fundamentação da proposta mostra-se suficientemente” preenchida, argumenta, quando “dois dos três nomes indicados não reflita outros elementos que não os vertidos nas respetivas notas biográficas”, apresentando apenas quanto a um “os motivos que levam a que, no critério do procurador-geral da República, esse seja o que melhores condições reúne para o exercício do cargo”.
Claro! É o que esta Procuradora Geral sabe fazer melhor. Entretanto PR e 1º mandaram embora uma verdadeira senhora, para que conste- Joana Marques Vidal, porque ela estorvava com as suas pesquisas onde estavam estes dois metidos até ao osso, como no caso do roubo das armas de Tancos. O que eles pensam é que os portugueses são todos uns ineptos que não percebem nada sobre as ‘maroscas’ deles.