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Aberto processo urgente de protecção das gémeas presas em garagem. MP conhecia caso há 3 anos

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O Ministério Público (MP) instaurou um processo de protecção urgente das duas crianças de 10 anos que viveram nos últimos anos numa garagem, na Amadora. As gémeas estavam sinalizadas há 6 anos pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e o MP já conhecia a situação desde 2016.

Na sequência da detenção de um casal que é suspeito de manter as filhas presas na garagem, expostas a violência física e psicológica e sem irem à escola, o MP avançou com um processo de protecção urgente das duas crianças de 10 anos, determinando o seu acolhimento. Abriu também um processo criminal, igualmente com carácter de urgência.

A Procuradoria Geral da República (PGR) adianta à Lusa que há um “processo criminal em investigação” e que o MP instaurou “um processo de promoção e protecção” e que foi “aplicada às crianças a medida de acolhimento residencial a título cautelar”.

A PGR informa também que os dois processos “têm natureza urgente” e que as crianças estão a ser acompanhadas psicologicamente pelo gabinete de assessoria técnica da comarca de Lisboa Oeste.

Estes avanços no caso surgem depois de se ter noticiado que as gémeas estavam sinalizadas há seis anos pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e que a sua situação era conhecida pelo MP desde 2016.

Os pais das meninas alegam ter pedido ajuda a várias instituições, inclusive à Segurança Social, sem terem tido qualquer resposta.

O casal foi presente ao Tribunal de Instrução Criminal da Amadora na segunda-feira e ficou impedido de contactar com as filhas.

“No âmbito deste processo proceder-se-á ao completo diagnóstico da situação actual e do quadro familiar e social que à mesma conduziu”, acrescenta a PGR.

A PSP deteve os pais das meninas para primeiro interrogatório judicial por suspeitas de que mantinham as filhas presas na garagem, expostas a violência física e psicológica e privadas de frequentar a escola.

As duas crianças viviam no interior de uma garagem, em condições “deploráveis e sem salubridade”, “andavam malvestidas”, não iam à escola e “presenciavam agressões físicas e psicológicas entre os pais”, refere um comunicado do Comando Metropolitano de Lisboa.

ZAP // Lusa

8 Comments

  1. Mais uma vez a culpa morre solteira, mas temos cada vez mais técnicos que não saem do seu gabinete e monitorizam os casos pelas redes sociais. Alguém tem que por essas pessoas a trabalhar na rua, onde estão os casos reais.

  2. “Ministério público abre processo contra técnicos da segurança social por falta de profissionalismo”. “Despedimento será a sanção possivel para estes técnicos incompetentes”….Era este o titulo que eu gostaria de ver. mas estamos em portugal de mansos costumes. Portanto, técnicos, durmam descansados e continuem o vosso trabalhalhinho que nada vos acontece.

  3. Miséria de instituições, miséria de sociedade, miséria de pais….. miséria psicológica e material . Na Estrada Militar junto da Estação de Reboleira a miséria é visível . Só não vê quem não quer . Crianças na rua há meia noite, violência doméstica, má nutrição, droga,….
    Mesmo nos prédios mais modernos há familias que vivem seis pessoas, duas crianças e restantes adultos, num minusculo T0 . Enfim terceiro mundo no seu esplendor

  4. Vi e ouvi a entrevista feita aos pseudo País destas crianças. Ou melhor…. de País pouco tem, não passam de simples progenitores. Existindo, CPCJ, SS, MP, que por os vistos sabiam do caso a Anos ; é imperdoável as negligencias e falta de intervenção destas entidades. Esta falta grave de intervenção de parte destas autoridades deve (no meu ver) ser investigada e sancionada com as devidas penas. Estou convicto que este caso, infelizmente não é o único. Como podemos apontar o dedo a outros casos noutros Países ?????………… tanto lixo por limpar neste Portugal, que até cheira mal !

  5. Por vezes assistimos a casos em que por pequenas falhas reparáveis crianças são retiradas aos pais com todo o trauma que isso implica quer para pais quer para filhos e que nos deixa revoltados, neste caso essa necessidade parece mais do que evidente logo vendo o aspecto dos pais e da habitação, imperdoável como as autoridades nacionais, locais e próprios vizinhos não dessem pela falha logo a das crianças não frequentarem a escola, poderiam estar mortas e ninguém daria por nada, simplesmente incrível tal falha!.

  6. Mais uma vez fica demonstrada a incompetência da SS, MP e quejandas entidades para acompanhar/resolver estes casos.
    Mas basta a situação chegar à comunicação social para virem, com toda a diligência, mostrar serviço e tentar “tapar o sol com a peneira”, como soi dizer-se.

  7. Eu também já marquei alguns dos funcionários da CPCJ. Não passam de funcionários públicos que só querem o deles ao fim do mês. É uma corja, onde se aproveita, talvez 5%. Neste caso, se não rolarem cabeças, do mais baixo as mais altas chefias, deixarei de votar. Eu tenho 100% de participação, como votante. É um descrédito total no aparelho do estado.

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