O livro do Príncipe Harry onde conta alguns dos “podres” da família real britânica está a ser um sucesso de vendas. Mas, afinal, quanto é que o “suplente” da monarquia do Reino Unido, como o próprio se auto-intitula, está a lucrar com a “roupa suja” da família?
Logo no primeiro dia em que foi colocada nas bancas, a autobiografia de Harry, “Sombra”, vendeu mais de 1,4 milhões de exemplares. É um recorde para este tipo de obras de memórias, segundo anunciou a editora Penguin Random House que lançou o livro.
“Sempre soubemos que este livro ia voar, mas está a superar até as nossas expectativas mais optimistas“, revela um dos responsáveis da editora, Larry Finlay, citado pela Reuters.
“Spare”, o título original da obra que quer dizer algo como “suplente” ou “sobresselente”, tornou-se no “livro de não-ficção mais vendido no Reino Unido”, de acordo com a editora.
“Tanto quanto sabemos, os únicos livros a vender mais no seu primeiro dia [de lançamento] foram os protagonizados pelo outro Harry [o Potter]“, frisa ainda Finlay.
Mas quantos milhões está Harry a embolsar?
Os lucros que o Príncipe terá com a sua autobiografia não se podem ainda contabilizar. Mas Harry terá recebido, como avanço pela obra, cerca de 20 milhões de dólares (mais de 18 milhões de euros), como anunciou o site Page Six, especializado em celebridades.
O “escritor-fantasma” da obra, que será J.R. Moehringer, terá recebido cerca de um milhão de euros (mais de 900 mil euros), ainda de acordo com a mesma publicação.
Harry já anunciou que todos os lucros conseguidos com o livro serão entregues a instituições de solidariedade. Mas não se pronunciou especificamente sobre esse avanço de 20 milhões.
De resto, o acordo com a Penguin Random House incluirá quatro livros e não apenas um, abrangendo também Meghan Markle.
Harry deverá publicar um segundo livro em nome próprio e Meghan deverá assinar um guia de bem-estar, segundo alguns media britânicos. O teor do quarto livro é desconhecido.
“Spare” foi lançado em 16 línguas e contém várias revelações polémicas. A obra é um relato pessoal e íntimo de Harry sobre a sua vida na família real e o seu relacionamento com a actriz Meghan Markle, revelando, nomeadamente, que pediu a reabertura da investigação à morte da mãe e que consumiu drogas.
Além disso, também conta que matou 25 guerrilheiros no Afeganistão, e fala dos desentendimentos com o irmão William.
Harry e Meghan assinaram acordo de 100 milhões com a Netflix
Cerca de sete meses depois de se terem afastado da Família Real, em 2020, Harry e Meghan assinaram um contrato multimilionário com a Netflix por 100 milhões de dólares (mais de 92 milhões de euros).
O acordo previa a produção de documentários, programas infantis e filmes.
Na altura, Harry e Meghan anunciaram que a sua preocupação seria “criar conteúdo que informe, mas também dê esperança”. “Como pais recentes, fazer programas familiares inspiracionais também é importante para nós”, sublinharam ainda.
O primeiro produto desta parceira é o documentário “Harry & Meghan” que foi lançado na Netflix, em vários capítulos, no início de Dezembro de 2022, com muita polémica à mistura. Mais uma vez, o casal aborda vários episódios íntimos da família real.
Contrato de 25 milhões com o Spotify
O casal ainda assinou outro acordo lucrativo com o Spotify por valores da ordem dos 25 milhões de dólares (mais de 23 milhões de euros) para a realização de uma série de podcasts.
Nesse âmbito, estreou, em Agosto de 2022, o podcast “Archetypes“, onde Meghan Markle “investiga, disseca e subverte os rótulos que tentam travar as mulheres”, como se diz na sua apresentação no Spotify.
No primeiro episódio, Meghan contou com a participação da tenista Serena Williams e da especialista em género no local de trabalho Laura Kray. Harry também fez uma “perninha”, com uma pequena participação especial.
Susana Valente, ZAP // Lusa
Harry é apenas a Ovelha Negra das quais existe sempre uma por geração em qualquer familia …