/

Descoberto em Madrid um dos primeiros casos de dengue transmitido sexualmente

USDAgov / Flickr

O Hospital Ramón y Cajal de Madrid diagnosticou um homem com dengue, que terá contraído por contágio após ter tido relações sexuais com outro homem que contraiu a doença numa viagem que fez a Cuba e à República Dominicana.

O contágio foi confirmado pelo Centro Nacional de Microbiologia do Instituto de Saúde Carlos II, em Madrid, em meados de setembro. “O paciente apresentava sintomas compatíveis com o dengue, como febre alta, eritema cutâneo e dores intensas”, referiu Santiago Moreno, chefe do serviço de Doenças Infeciosas do hospital, citado pelo jornal El País.

A suspeita foi confirmada em laboratório e lançou novas dúvidas sobre a origem da infeção provocada pelo dengue. “Tivemos de fazer um trabalho de investigação muito pormenorizado, acrescentou Moreno, acrescentando que “não foi detetada a presença do mosquito tigre na residência nem em qualquer um dos lugares da Comunidade de Madrid visitados pelos dois doentes”.

A epidemiologista Susana Jiménez e o biólogo Andrés Irisio consideram, citados pelo jornal espanhol, que o caso é importante por ser o primeiro descrito como tendo sido por transmissão da doença “numa zona sem mosquitos que podem atuar como vetores da doença”. “Ainda assim, trata-se de uma via pouco frequente, pelo que o risco para a população é considerado baixo”, assumem.

Esta é, de acordo com o Diário de Notícias, uma das primeiras infeções com dengue por via sexual descobertas no mundo, uma vez que apenas existe referência em livros científicos a outro caso semelhante na Coreia do Sul.

A dengue é uma doença causada por um vírus que geralmente é transmitido pela picada de um mosquito e é endémica em vários países da América, sudeste da Ásia e África. Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações fatais. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crónica, como diabetes e hipertensão.

ZAP //

 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.