“Euphoria, forever until the end of time”, assim cantava a sueca Loreen na música, que hoje é um clássico, e que deu a vitória à Suécia no Festival Eurovisão da Canção em 2012.
Foi com euforia que os fãs europeus acordaram cedo nesta quinta-feira (31) para comprarem os bilhetes para a Grande Final do certame. Mas rapidamente a euforia deu lugar ao desespero: os bilhetes disponíveis esgotaram em minutos e milhares de fãs não conseguiram adquirir entrada para a final, que acontece a 12 de maio na Altice Arena.
A comercialização dos bilhetes começou às 10h (hora de Lisboa) e, no acesso ao site Blueticket, os fãs depararam-se com uma fila de espera. Essa queue atribuía um número ao utilizador e indicava uma estimativa do tempo a aguardar. Segundo esclarecimentos dados pela RTP ao Espalha-Factos, o sistema foi acionado às 6h da manhã.
Minutos antes do início da venda, já existiam vários milhares de utilizadores em espera e, quando o EF acedeu ao site, já se contavam mais de 25 mil pessoas em espera (de lembrar que a Altice Arena tem capacidade máxima de 20 mil pessoas).
A disponibilidade de bilhetes foi muito inferior à procura e, de acordo com a estação pública, “a fila de espera chegou a ter 45 mil pessoas.”
“Os bilhetes esgotaram na primeira meia hora”, esclareceram. Foi também esta informação que leram os fãs. Poucos minutos depois das 10h surgiu uma mensagem que indicava que a primeira vaga de bilhetes estava esgotada.
A parcela de ingressos incluía apenas entradas para a plateia em pé, a 120 euros, e para as zonas mais próximas do palco, onde os bilhetes custavam 200 e 299 euros. Segundo a mesma fonte, esta vaga corresponde a 30% dos bilhetes disponíveis para a Grande Final.
“Todos a bordo”, mas só alguns
Os fãs foram rápidos a mostrar o seu descontentamento. Nas redes sociais, muitos criticaram a gestão da fila de espera. Vários utilizadores queixaram-se de ter acedido ao site antes da hora de início da venda (alguns várias horas antes) e foi-lhes atribuído um número superior àqueles que os utilizadores que acederam ao Blueticket depois das 10h receberam.
Ao EF, a Blueticket esclareceu que o sistema foi implementado para impedir que o servidor colapsasse com o número de acessos. Por razões de segurança, explicaram, o sistema “adota o critério da aleatoriedade”.
“Aos que chegam à fila antes da venda abrir é atribuído, no momento da abertura de venda, um número aleatório”, continuaram. “Assim, não se privilegia ninguém, nomeadamente os utilizadores que possam recorrer a speedy automatic scripts, bots ou scalping software.” Aos utilizadores que acederam ao site depois das 10h, foi atribuído um número sequencial.
As críticas apontaram também o esquema injusto do mercado negro de bilhetes. Cada comprador pode adquirir no máximo quatro ingressos, mas, escassos minutos depois de a venda começar, o mercado viagogo já oferecia bilhetes com um preço mais de 3 vezes superior.
O espaço de revenda dispõe, inclusivamente, de bilhetes para outras zonas da arena, como os balcões. Estes não foram ainda comercializados pelo vendedor oficial, por isso o Espalha-Factos desaconselha qualquer transação com este portal.
Os fãs que não conseguiram bilhetes para a Grande Final podem tentar a sorte novamente a 20 de dezembro, quando a segunda vaga de bilhetes for lançada. Se tiverem azar, podem comprar ingressos para as semifinais de 8 e 10 de maio. O sorteio dos países que vão concorrer em cada parte vai ser realizado em janeiro.