Primeiro-ministro da Guiné-Bissau e outros membros do Governo têm covid-19

Alvaro Ludgero Andrade (VOA) / Wikimedia

Nuno Nabiam, primeiro-ministro guineense

Nuno Nabiam, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, e pelo menos mais três membros do Governo têm covid-19, revelou na televisão pública o ministro da Saúde, António Deuna.

“Estou em casa e sinto-me bem”, disse o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Nabiam, que está infetado com o novo coronavírus. “Neste momento uma equipa de técnicos do Ministério da Saúde Pública estão na minha residência a proceder a colheitas dos meus familiares e pessoas mais próximas”, escreveu no Facebook.

Fonte governamental contactada pela Lusa adiantou que, além do primeiro-ministro, testaram também positivo ao novo coronavírus o ministro do Interior, Botche Candé, o secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Fambé, e a secretária de Estado do Plano e da Integração Regional, Mónica Buaro.

A mesma fonte disse que vai requisitar uma unidade hoteleira para instalar as pessoas do elenco governamental que estão infetadas com covid-19. Estas infecções estão relacionadas com a cadeia de transmissão de um alto funcionário do Ministério do Interior, que morreu no sábado.

Na Guiné-Bissau, governada por Umaro Sissoco Embaló, há, até ao momento, registo de 74 casos de covid-19 e 18 recuperados.

Na sequência da morte do alto funcionário, os serviços administrativos do Ministério do Interior foram encerrados para despistagem da doença a dirigentes e funcionários. Alguns membros do Governo guineenses pediram também para ser submetidos a testes na sequência de contactos com funcionários daquele ministério.

No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não-essenciais, incluindo restaurantes, bares, discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 7h e as 14h.

Umaro Sissoco Embaló prolongou no domingo o estado de emergência até 11 de maio. Foi declarado pela primeira vez a 28 de março e já foi prolongado duas vezes.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 1467 nas últimas horas, com 33.273 casos da doença registados em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia neste continente.

ZAP // Lusa

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