Primeiro-ministro defende ser necessário preparar já o quadro comunitário pós-2020

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Fernando Veludo / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

O primeiro-ministro, António Costa

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu este sábado que tem de começar já a ser preparado o quadro comunitário pós-2020, considerando que esse poderá ser uma oportunidade para intervenções rodoviárias que ficaram por fazer.

“O pós-2020 é já amanhã”, afirmou António Costa, realçando que, para que não se voltem “a perder dois anos, como se perdeu na transição do QREN para o Portugal 2020”, é necessário “preparar já o pós-2020” para que se entre em 2021 em plena execução do futuro quadro comunitário.

O líder do executivo socialista, que falava em Tábua, distrito de Coimbra, realçou que, se a transição entre quadros comunitários for rápida, dá condições a todos os que perspectivam investimentos saberem “quais são as infra-estruturas com que podem contar para o futuro”.

“O país tem de continuar também a investir nas suas infra-estruturas”, frisou António Costa, que falava durante a cerimónia de inauguração do Centro de Investigação & Desenvolvimento do grupo Aquinos, sediado em Tábua.

Apesar de haver “uma ideia” de que o país já tinha feito todo o investimento que necessitava em termos de infra-estruturas, nomeadamente os grandes investimentos em vias estruturantes, falta “agora fazer o resto”, notou.

Na óptica do primeiro-ministro, há “muitas qualificações, muitas ligações de pequenos troços rodoviários que, sendo pequenos à escala nacional, transformam completamente aquilo que é a inserção de polos empresariais e industriais de zonas hoje relativamente afastadas dos grandes eixos rodoviários”.

Face às limitações do actual quadro comunitário para esse tipo de investimentos, António Costa afirmou que se tem de trabalhar já para que, “quer num quadro de reprogramação, quer sobretudo no quadro do pós-2020”, se faça “aquilo que falta ser feito”.

À imagem do que já tinha dito em Góis sábado de manhã, António Costa voltou a destacar a importância da confiança dos cidadãos e investidores no país, bem como o crescimento da economia.

Pela segunda vez no mesmo dia, o primeiro-ministro citou o ex-presidente da República Jorge Sampaio, que, em 2003, na cerimónia do 25 de Abril, disse que “há mais vida para além do orçamento”.

“Não há ilusões: só sairemos do Procedimento por Défice Excessivo se nunca nos esquecermos que há mais vida para além do orçamento e que só com uma economia forte podemos ter contas públicas saudáveis e sustentáveis para o futuro do país”, afirmou António Costa, defendendo que “só seremos competitivos com base na qualificação.”

// Lusa

2 Comments

  1. Já esta preocupado com usar o dinheiro dos outros e nem sequer a UE começou a falar no orçamento para depois de 2020. Mesmo uma cambada de políticos pendura… e depois a Europa, os alemães, etc. é que são os maus da fita…

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