Fully Handoko / EPA

Scott Morrison interrompeu esta sexta-feira as suas férias. A morte de dois bombeiros fez aumentar o coro de críticas ao primeiro-ministro australiano.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, interrompeu esta sexta-feira as suas férias no Havai depois de a sua ausência ter sido muito criticada por o país estar a ser devastado por incêndios florestais, que já mataram dois bombeiros.
O chefe do governo, que também é acusado de não estar a fazer o suficiente na luta contra o aquecimento global, expressou pesar pela consternação causada pelas suas férias.
A pressão sobre o governante aumentou muito esta semana, já que milhares de bombeiros estão a trabalhar continuamente há várias semanas na tentativa de apagar os grandes incêndios e há milhões de habitantes de Sydney afetados pelo ar poluído de fumo tóxico.
“Lamento profundamente as emoções que despertei entre os muitos australianos afetados pelos incêndios florestais enquanto passava férias com a minha família”, afirmou Scott Morrison, em comunicado. O primeiro-ministro garantiu que voltará para a Austrália o mais rápido possível “dado os eventos trágicos mais recentes”, referindo-se à morte de dois bombeiros.
Mais de uma centena de incêndios lavram em Nova Gales do Sul, o estado australiano com mais população, tendo sido declarado estado de emergência. Em Queensland (nordeste) registam-se mais de 70 incêndios e estão em curso várias dezenas de outros nos estados ocidentais e do sul.
Pelo menos três milhões de hectares arderam nos últimos meses em todo o país, provocando a morte de oito pessoas e a destruição de 800 casas.
Na quinta-feira, a Austrália bateu, pela segunda vez, o recorde de dia mais quente, com uma temperatura máxima média nacional de 41,9 graus Celsius. No dia anterior já tinha registado um recorde, com 40,9 graus.
O recorde absoluto da temperatura no mês de dezembro foi batido na quinta-feira, quando os termómetros atingiram os 49,8 graus na localidade de Eucla, na Austrália Ocidental.
ZAP // Lusa