Brasil 4-1 Coreia do Sul | Primeira parte de luxo vale “quartos”

Abedin Taherkenareh / EPA

O avançado brasileiro Richarlison.

Vingou a lei do mais forte. O Brasil defrontou a Coreia do Sul, de Paulo Bento, nos oitavos-de-final do Mundial 2022, e despachou o assunto em 45 minutos (ou menos).

Graças a uma primeira parte avassaladora, na qual apontou quatro golos sem resposta, a “canarinha” marcou encontro com a vice-campeã Croácia nos quartos-de-final, jogo marcado para o próximo dia 9. Os coreanos reagiram após o intervalo e deixaram uma boa imagem, com um golo e boas ocasiões.

Entrar “a matar”

Que tratado do Brasil na primeira parte! Aos 29 minutos já esta eliminatória do Qatar 2022 estava resolvida, com três golos sem resposta e uma exibição de elevada “nota artística”. Logo aos sete minutos o “escrete” colocou-se na frente, num belíssimo golo de Vinícius Jr. Apenas cinco minutos volvidos o 2-0, de penálti, por Neymar, após falta cometida por Woo-Young Jung sobre Richarlison. O atacante do Tottenham fez, ele próprio, o 3-0, pouco antes da meia-hora, a concluir uma fantástica jogada de combinação ao primeiro toque que o próprio iniciou e Thiago Silva (em acção atacante) assistiu.

Quem também assistiu foi Vinícius, para o 4-0, um passe picado para Lucas Paquetá (36′), que surgiu a rematar de primeira. E mais poderiam ter sido, tal a diferença entre as duas equipas, mas Richarlison permitiu a defesa de Seung-Gyu Kim, numa ocasião flagrante falhada. O atacante brasileiro era o MVP ao descanso, com um GoalPoint Rating de 8.0, com um golo em dois remates, uma ocasião flagrante criada, sete passes progressivos recebidos e uma condução super progressiva.

O Brasil abrandou no segundo tempo, aproveitou a Coreia do Sul para atacar, criar lances de perigo e marcou mesmo, por Seung-Ho Paik (76′), num espectacular remate de fora da área. A verdade é que os coreanos foram a formação mais perigosa na segunda metade e poderiam ter marcado pelo menos mais uma vez, mas Alisson esteve enorme na baliza “canarinha” e negou o golo a Ui-Jo Hwang.

A selecção comandada por Paulo Bento deixa este Qatar 2022 com uma goleada, mas pelo que fez na prova e, nesta partida, pela imagem que deixou na etapa complementar, certamente que pode consideram como positiva a sua participação. Já o Brasil mantém vivo o sonho do hexacampeonato e Neymar continua a perseguir o recorde de Pelé (tem 76 golos, contra 77 do “rei”).

MVP GoalPoint: Richarlison

Mais um grande jogo do atacante do Tottenham, a grande figura da goleada do Brasil sobre a Coreia do Sul, em especial pelo que fez na primeira parte. Richarlison terminou o jogo com um GoalPoint Rating de 8.2, fruto de um golo em dois remates, ambos enquadrados, criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, somou seis acções com bola na área contrária e acumulou quatro conduções progressivas e uma super progressiva. Sofreu ainda falta para grande penalidade e a sua nota poderia ter disparado se não tivesse falhado uma flagrante a acabar a primeira metade.

Outros Ratings

Brasil

Lucas Paquetá 7.9

O médio está a fazer um excelente Mundial. Nesta partida marcou um excelente golo em dois remates, ambos enquadrados, e, tal como Richarlison, falhou também uma flagrante… e criou uma, mas em três passes para finalização.

Raphinha 7.6

Grande jogo do extremo ex-Vitória SC e Sporting CP. Raphinha foi um dos mais rematadores do jogo, com cinco disparos, três enquadrados, e falhou uma ocasião flagrante (pega-se?). Criou também duas flagrantes em três passes para finalização, atingiu o máximo de acções com bola na área contrária (8) e esteve muito bem no trabalho de equipa, com três desarmes, outras tantas intercepções e quatro acções defensivas no meio-campo contrário (máximo).

Coreia do Sul

Seung-Ho Paik 6.4

Entrado a meio da segunda parte, Paik arrancou um incrível pontapé de fora da área para o tento de honra coreano.

Jun-Ho Son 6.1

Son entrou ao intervalo para dar consistência ao meio-campo, terminando com 39 passes certos em 40, quatro variações de flanco (máximo), oito recuperações de posse (valor mais alto da partida), três desarmes e outras tantas acções defensivas no meio-campo brasileiro.

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