Já “nasceu” a primeira casa impressa em 3D em Portugal. Localiza-se no norte do país, em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde), custa 150 mil euros e a construção demorou 18 horas.
Esta casa modelo é totalmente funcional e, com ela, a empresa promotora do projecto, a Havelar, pretende mostrar o aspecto dos materiais e as possibilidades da tecnologia de impressão 3D na construção civil.
Trata-se de um T2 que foi construído graças a uma mega-impressora que utiliza betão, camada por camada, formando as paredes sólidas, e que tem a possibilidade de criar desenhos curvos, algo que seria muito desafiante, mesmo para um pedreiro experimentado.
Esta primeira casa impressa em 3D em Portugal, demorou apenas 18 horas a ser erguida, conforme relatam os responsáveis do projecto em declarações ao jornal económico Eco.
Após a construção, foram precisas “cerca de duas semanas“ para “ser montada”, explica ainda a publicação, notando que esse processo passou por instalar portas e janelas, os módulos pré-fabricados da cozinha e da casa de banho.
A impressão das paredes exigiu a participação de três operadores da impressora 3D e de um operador que verifica a qualidade do produto final.
O arquitecto Rodrigo Vilas-Boas, um dos fundadores da Havelar, explica ainda ao Eco que a casa “foi construída com uma parede interior e uma parede exterior que não se tocam entre si“, e com o isolamento “recheado com aglomerado de cortiça, um material altamente sustentável e resistente”.
O resultado final é um T2 que custa 150 mil euros. Mas os preços dos futuros imóveis impressos em 3D pela Havelar podem chegar aos 250 mil euros, conforme a localização e os acabamentos finais, explicam os responsáveis da empresa.
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“Solução para a crise de habitação”
Outro dos fundadores da Havelar, o alemão Patrick Eichiner, diz ao Eco que acredita que estas casas impressas em 3D podem ser “uma solução para a crise de habitação“.
Eichiner realça que a “impressão 3D é 70% mais rápida do que a construção tradicional“. Além disso, é mais barata, tem menos desperdício, menos trabalhadores, embora mais especializados, e consome menos energia na construção.
Contudo, a tecnologia ainda tem limitações em termos de altura.
A Havelar prevê construir entre 30 a 40 casas com recurso à impressão 3D e tem a expectativa de “fazer parcerias com promotores e proprietários de grandes terrenos para o desenvolvimento de projectos residenciais de maior dimensão“, explica Eichiner ao Eco.
“O objectivo é actuar no mercado da habitação acessível e, para isso, a escala é fundamental”, acrescenta Rodrigo Vilas-Boas em declarações ao portal imobiliário Idealista.
Este arquitecto nota que já há interesse por parte de entidades públicas, como municípios, que “estão muito interessados na tecnologia, numa altura que Portugal está a sofrer uma crise na construção“, sublinha ao Eco.
Entretanto, a Havelar está a construir o protótipo da segunda casa em Vilar do Pinheiro, enquanto vai fazendo acordos com arquitectos conhecidos, como Siza Vieira, Aires Mateus e Kengo Kuma, porque o design inovador é também uma aposta da empresa.
O projecto da Havelar exigiu um investimento inicial de cinco milhões de euros, nomeadamente para comprar a impressora 3D.
O preço vai ter de baixar para que possa contribuir para resolver a crise na habitação.
Pois…
“Eichiner realça que a “impressão 3D é 70% mais rápida do que a construção tradicional“. Além disso, é mais barata, tem menos desperdício, menos trabalhadores, embora mais especializados, e consome menos energia na construção.”
70% mais rápida e mais barata e no final cobram o preço de uma casa tradicional em alvenaria…
O dinheiro vai todo só para um lado… Prefiro dar trabalho a um qualquer empreiteiro que traz consigo os seus empregados. São famílias inteiras a deixar de ganhar o pão de cada dia com estas modernices!
Mais barata em que?
se uma casa tipo T2 fica a 150.000€ onde está o mais barato?
Um bolo de bolacha para os ultra-ricos deslocalizarem as suas culpas.