Haverá uma nova subida das taxas de juro dos créditos à habitação, mas será o aumento mais baixo desde meados de 2022.
A prestação do empréstimo à habitação em Portugal vai voltar a sofrer um aumento significativo em janeiro, particularmente para contratos vinculados às taxas Euribor, de acordo com as recentes simulações realizadas pela Associação para a Defesa do Consumidor. Este ajuste representa a menor subida desde meados de 2022, mas não deixa de ser um encargo adicional para os consumidores.
Para um contrato de crédito à habitação de 150 mil euros, com duração de 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses e um ‘spread’ de 1%, a prestação mensal sobe para 776,06 euros, um acréscimo de 58,38 euros em relação ao valor de 717,68 euros cobrado no último ano.
Em comparação, para contratos revistos a cada seis meses, o valor a ser pago aumenta para 798,55 euros, enquanto empréstimos indexados à Euribor a três meses registam um aumento para 799,28 euros, relata o Correio da Manhã.
Os valores calculados consideram as médias das taxas Euribor em dezembro, com a taxa a seis meses em 3,927%, a três meses em 3,935% e a 12 meses em 3,679%. A variação destas taxas está intrinsecamente ligada às políticas de taxa de juro do Banco Central Europeu (BCE).
Nos últimos dois meses, o BCE manteve as taxas de juro diretoras inalteradas, refletindo uma estabilização no aumento dos preços de bens e serviços. A taxa principal de refinanciamento dos bancos está agora em 4,5%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez em 4,75% e a taxa de depósitos em 4%. Estes níveis são os mais elevados desde a introdução do euro em 1999.
Sob a liderança de Christine Lagarde, o BCE visa alcançar uma taxa de inflação de 2%. As futuras alterações nas taxas de juro serão baseadas em dados económicos, conforme indicado pela presidente do BCE.