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Presidente filipino quer armar civis para combater extremistas

Prachatai / Flickr

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte

O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, expressou a intenção de entregar armas aos moradores de Bohol para combaterem militantes extremistas escondidos na ilha, após um ataque falhado do grupo Abu Sayyaf na semana passada.

Tenho intenção de armar e envolver os civis“, disse o Presidente na noite de quarta-feira, numa entrevista à imprensa local, durante a visita a Bohol, na região central do país.

Duterte assegurou que se os residentes da zona matarem os alegados terroristas “não têm com que se preocupar: deslocam-se à polícia, fazem um relatório em que declaram a verdade e não terão qualquer problema”, prometendo indultar os possíveis homicidas.

O Presidente disse que vai consultar as autoridades locais sobre a proposta de armar civis, pois estas “podem levantar algumas objeções”.

Duterte visitou Bohol uma semana depois de 13 membros do Abu Sayyaf se terem infiltrado na ilha, a bordo de lanchas para alegadamente sequestrarem turistas.

O grupo foi avistado por moradores no passado dia 11 e foi confrontado pelo exército, o que resultou na morte de três soldados, um polícia e seis rebeldes, incluindo Abu Rami, considerado um líder do Abu Sayyaf.

Sete extremistas conseguiram fugir, pelo que Duterte ofereceu na quarta-feira uma recompensa de um milhão de pesos (18.700 euros) a quem possa facilitar a captura, “vivos ou mortos”.

“Ofereço uma recompensa pelos terroristas vivos ou mortos, mas prefiro-os mortos porque os vivos é preciso alimentar e é mais caro”, disse.

Este incidente pode representar um duro golpe para a economia da ilha, um destino turístico onde até agora não tinha sido detetada a presença de movimentos extremistas.

O Abu Sayyaf, fundado em 1991 na ilha de Basilan, sequestrou nos últimos anos dezenas de pessoas nas águas do sudoeste das Filipinas e nordeste na Malásia, para exigir resgates com os quais se financia.

O grupo decapitou, em fevereiro, um refém alemão depois de não ter recebido o dinheiro que pediu, e mantém em seu poder cerca de 30 reféns, incluindo duas dezenas de estrangeiros.

// Lusa

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