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Presidente do Brasil arguido por obstrução à Justiça e organização criminosa

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Beto Barata / PR

Michel Temer

O presidente do Brasil, Michel Temer, foi constituído arguido no final da tarde de hoje acusado de praticar os crimes de obstrução à justiça e participação em organização criminosa.

A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral do país, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal brasileiro.

De acordo com o procurador, Michel Temer e parlamentares do Partido Movimento Democrático Brasil (PMDB), participaram num suposto esquema de corrupção envolvendo membros da Câmara dos Deputados com o objetivo de obter vantagens indevidas em órgãos da administração pública.

Terão praticado ações ilícitas em troca de subornos por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como a petrolífera Petrobras, a hidrolétrica de Furnas, o banco Caixa Económica, o Ministério da Integração Nacional e a câmara baixa.

A denúncia refere que o esquema desenvolvido permitiu que os denunciados recebessem pelo menos 156 milhões de euros em subornos. Michel Temer é acusado de ter atuado como líder desta suposta organização criminosa desde maio de 2016.

“Para Rodrigo Janot, em maio de 2016, com a reformulação do núcleo político da organização criminosa, os integrantes do “PMDB da Câmara”, especialmente Michel Temer, passaram a ocupar papel de destaque que antes tinha sido dos membros do PT, Partido dos Trabalhadores, em razão da concentração de poderes na Presidência da República”, diz a Procuradoria Geral da República em comunicado.

O mesmo órgão destacou que “há imputação do crime de obstrução à justiça por causa dos pagamentos indevidos para evitar que Lúcio Funaro assinasse delação premiada, um acordo para confessar crimes em troca da redução da pena”.

Michel Temer é acusado de instigar Joesley Batista, empresário e dono da empresa JBS, a pagar vantagens ilícitas para o agente financeiro Lúcio Funaro não concluir um acordo com a Justiça brasileira. “Temer, Joesley Batista e Ricardo Saud são denunciados por atrapalharem as investigações de infrações praticadas pela organização criminosa”, afirmou a PGR.

Apesar da tentativa, Lúcio Funaro assinou um acordo de delação premiada que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal e as informações prestadas constam nesta denúncia contra o Presidente brasileiro.

Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, também da JBS, foram incluídos na acusação de obstrução de justiça porque perderam hoje a imunidade penal porque omitiram informações durante o processo de assinatura do acordo de delação premiada.

Também são alvo desta denúncia os ex-deputados do PMDB Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Loures e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência.

// Lusa

3 Comments

  1. janot e a quadrilha do pt na proc uradoria da republica lança o ultimo folego depois de ser descoberta a participaçao do vice procurador miller no embuste da delaçao de batista contra temer….
    janot e fachin fazem parte da mesma quadrilha de batista e lula e outros adeptos do pt e da ditadura do partido dos trabalhadores, que em 10 anos colocou o brasil entre os paises mais corruptos do mundo e mais desacreditados politicamente. temer podera ser um integrante da quadrilha….mas o que acontece e que como presidente da republica, nao pode ser investigado senao em atos praticados durante o mandato…coisa que a quadrilha de janot e fachin querem…. por isso instruiram batista para fazer uma gravaçao comprometedora….. enfim os tempos vao esclarecer tudo, é preciso e que miller e janot nao destruam as provas e fachin nao faça obstruçao a justiçacomo ate aqui.

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