Presidente da ERC diz que cobertura de eleições pelos media diz respeito aos diretores

AmilcarMCG / Wikimedia

Carlos Magno, presidente da ERC

Carlos Magno, presidente da ERC

O presidente da ERC afirmou esta terça-feira que a cobertura das eleições diz “respeito aos diretores dos jornais, mais do que aos seus patrões” e desafiou o comentador Marcelo Rebelo de Sousa a “esboçar” uma lei sobre a matéria.

Carlos Magno falava aos jornalistas à margem da apresentação do estudo encomendado pela ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social denominado “Públicos e consumos de media”, que analisa o consumo de notícias e as plataformas digitais em Portugal e em mais dez países, que hoje foi divulgado em Lisboa.

“Acho que os grupos de media, nomeadamente a Plataforma dos Meios de Comunicação, fez muito bem em se envolver nisto, e os administradores têm aqui uma palavra-chave a dizer”, afirmou, referindo-se à lei sobre a cobertura das eleições pelos órgãos de comunicação social.

No entanto, “para que a ERC mantenha o seu espaço de diálogo sobre esta matéria e para que percebamos do que estamos a falar é fundamental que sejam os diretores de comunicação social a ser ouvidos” pelos deputados.

Apesar de esta ser uma questão também política, Carlos Magno sublinhou que “é sobretudo uma questão que diz respeito aos diretores dos jornais, mais do que aos seus administradores e aos seus patrões”.

O presidente do regulador dos media disse não ter dados novos sobre anteprojeto sobre a cobertura das eleições.

“Vi o professor Marcelo [Rebelo de Sousa, comentador da TVI] a fazer uma sugestão e estava à espera que o professor Marcelo, já disse ao José Alberto [Carvalho, diretor-geral da TVI], pegasse num papel e uma caneta e ele próprio começasse a esboçar a lei em pleno programa televisivo”, disse.

“Seria um contributo muito válido, uma vez que ele é jurista”, apontou.

Carlos Magno sugeriu ainda que o ponto de partida poderia ser o documento trabalhado entre a ERC e os diretores de informação.

Recentemente, um anteprojeto da iniciativa do PSD, CDS-PP e PS, que previa a obrigação de todos os órgãos de comunicação social apresentarem previamente os “planos de cobertura” das eleições a uma comissão mista composta por membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e da ERC, acabou por cair por terra, face às críticas ao documento.

/Lusa

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