O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, abandonou as instalações da delegação chinesa na cimeira do G20, na cidade japonesa de Osaka, após perceber que o Presidente da China, Xi Jinping, que tinha uma reunião marcada com ele, estava atrasado 20 minutos.
De acordo com acordo com o jornal Estado de S. Paulo, a reunião estava marcada para as 14h30. O Presidente do Brasil e a sua delegação chegaram a ir para a sala da delegação chinesa na cimeira do G20, mas por volta das 14h50 abandonaram o local, ficando a reunião sem efeito.
Aos jornalistas no local, o porta-voz da Presidência do Brasil, o general Otávio Rêgo Barros, disse que havia uma “incompatibilidade de agendas em função do atraso das [reuniões] bilaterais”.
“Esperamos até o presente momento e como temos um horário para descolagem e ainda temos que regressar ao hotel para fazer o encerramento,o Presidente decidiu abdicar dessa bilateral e posteriormente efetivar os contactos necessários para o prosseguimento das conversações entre os dois países”, disse aquele porta-voz.
“A logística foi determinante nesse processo”, acrescentou, rejeitando assim que a decisão de Jair Bolsonaro tenha motivações políticas.
O Presidente brasileiro tem na agenda uma viagem oficial a Pequim para outubro, em data ainda por definir. De acordo com o jornal brasileiro, essa viagem pode também incluir uma passagem pela Arábia Saudita.
Quando era deputado federal e também durante a campanha, Bolsonaro fez repetidas críticas à China, acusando o país de estar “a comprar o Brasil”. “A China vai continuar a fazer comércio connosco, vamos desfazer qualquer o mal-entendido que, por ventura, possa ter tido. Se bem que sabem filtrar as informações”, disse Bolsonaro no Japão.
“Eles sabem também da importância do Brasil para com eles e, se puder abrir o comércio, vamos abrir. Há interesse nosso, a China é o nosso maior parceiro comercial e queremos aprofundar o nosso relacionamento”, afirmou.