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Prepara-se o regresso do futebol. Lugares cativos distribuídos pelo estádio é possibilidade

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga de Portugal estão a trabalhar, junto com as autoridades de saúde, para que seja possível o regresso do futebol ainda esta temporada.

Em entrevista ao Expresso, António Costa admite que “para o público, há várias várias soluções: pode ser totalmente à porta fechada ou só com os lugares cativos distribuídos pelo estádio”. Esta terá sido a primeira vez que a abertura parcial dos jogos ao público foi proposta.

“A proposta que a Liga apresentou era para em junho e julho poder completar a época desportiva. Ainda temos tempo para preparar isso”, acrescentou o primeiro-ministro.

Contactado pela Tribuna Expresso, fonte do FC Porto diz que o clube não foi informado sobre uma eventual abertura parcial dos jogos ao público. Embora confirme que é “exequível”, a fonte do emblema portista defende o comportamento dos adeptos é imprevisível.

Tanto o Sporting como o Benfica mostram-se prudentes. “Estamos ainda em fase de definição e como tal estamos a desenhar os vários cenários possíveis. Nesta fase é prematuro dizer algo mais”, sustenta fonte oficial sportinguista. As ‘águias’ argumentam que é cedo demais para colocar esta hipótese e explicou que “os clubes assumem e articulam as suas posições mediante as orientações que chegam das entidades competentes”.

A FPF está a “trabalhar num plano gradual de regresso à atividade”, seguindo regras que garantam “a segurança de todos os intervenientes” para evitar a propagação da pandemia de COVID-19, informou hoje o organismo.

“A FPF tem uma equipa de especialistas multidisciplinar a trabalhar num plano gradual de regresso à atividade”, indica o comunicado publicado no sítio oficial da FPF na Internet, mencionando um “plano detalhado para as diferentes áreas: seleções nacionais, clubes, competições, arbitragem, Cidade do Futebol e colaboradores”

O projeto que prepara o regresso do futebol à atividade em Portugal envolve uma equipa de especialistas que integra elementos do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.

“O objetivo da FPF é assegurar que o regresso será efetuado no momento adequado, de acordo com as regras estipuladas e garantindo a segurança de todos os intervenientes, desde logo os jogadores, os treinadores, e os ‘staffs’ clínicos e logísticos de apoio direto às equipas, mas estendendo-se aos restantes intervenientes em treinos, jogos e deslocações”, explica a federação.

A coordenação do projeto pertence à Unidade de Saúde e Performance da FPF, integrando as várias especialidades médicas na área da medicina desportiva e contando, entre outros, com a colaboração dos serviços de infecciologia do Hospital Curry Cabral e do Hospital São João.

“A FPF está comprometida e empenhada em garantir um regresso ordenado e seguro à prática desportiva. Com a nossa Unidade de Saúde e Performance, envolvemos algumas das mais reputadas instituições na área da saúde pública para a elaboração de um plano que permita esse regresso em condições que inspirem confiança”, observou o presidente da FPF, Fernando Gomes.

O organismo federativo assinalou que o grupo de emergência criado por Fernando Gomes e constituído pela Liga Portugal, representante das associações distritais e dos presidentes do Sindicato dos Jogadores e das associações de treinadores, árbitros e médicos, será mantido permanentemente a par do trabalho desenvolvido no âmbito deste plano.

ZAP // Lusa

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