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Preocupado com os incêndios, Marcelo admite interromper férias. Ontem foi o pior dia

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Rodrigo Antunes / Lusa

O Presidente da Repúblic disse esta quinta-feira que está a acompanhar a vaga de incêndios que assola o território continental e admitiu a possibilidade de interromper as férias no Porto Santo se a situação piorar.

“É um período particularmente difícil. Eu estou a acompanhar e sempre, como acontece nestas situações, embora eu deva partir daqui depois de amanhã [sábado], espero não ter de partir amanhã [sexta-feira]. Era bom sinal. Era sinal de que a noite permitiu um controlo nalgumas destas frentes”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no centro da cidade Vila Baleira, onde se deslocou esta noite em passeio, com o propósito de comer uma “lambeca”, um tipo de gelado muito popular no Porto Santo.

O Presidente da República vincou que esteve em contacto com o ministro da Administração Interna e com os presidentes de câmara de Sernancelhe, Alijó, Fundão e Sabugal. “As condições, já se sabia, eram muito difíceis no dia de hoje e nos próximos dias”, disse, realçando que a ocorrência de “vários focos” em “várias áreas muito distanciadas” dificulta a utilização de meios aéreos.

E reforçou: “Quando há um grande incêndio, ou dois no máximo, é fácil pegar nos meios aéreos que estão no Algarve e os que estão no norte e levá-los para o centro, se for necessário. Havendo o risco de fogos diversos, em vários lugares, não se pode desguarnecer aquilo que está preparado para intervenções a nível mais regional e local”.

Um dos dias “mais complicado”

A Proteção Civil indicou que esta sexta-feira foi dos dias “mais complicados” em termos de fogos, porque houve muitos e ao mesmo tempo, contabilizando até às 19:30 113 incêndios, que mobilizaram 4.600 operacionais.

A avaliação foi feita num balanço em conferência de imprensa do segundo comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.

No Porto Santo, mostrou-se esperançado em que a situação evolua de forma positiva durante a noite e expressou a sua solidariedade com os autarcas dos concelhos afetados, bem como com os operacionais que estão a combater os incêndios.

“Estou solidário e acompanho o que eles estão a fazer”, salientou, remetendo também a sua solidariedade para as populações situadas perto das frentes de fogo, que, embora não estejam previstas evacuações, “passam por susto”.

O Presidente da República chegou esta quinta-feira ao Porto Santo para um curto período de férias, estando o regresso a Lisboa marcado para sábado.

Trata-se de uma visita particular, sem agenda conhecida, mas, para além de “matar saudades”, Marcelo disse que tem também como propósito promover a ilha enquanto destino turístico, numa altura em que o setor está a ser afetado pela crise pandémica.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. O Marcelo já ligou ao Costa? E o que é que o Costa disse? Que não se preocupasse porque estava tudo nos trinkes. Foi assim em 2005 quando o 44 andava a tombar leões no Kénia e Portugal estava a arder. Já lá vão 15 anos. Mas a conversa da treta é sempre a mesma. Que vão obrigar os proprietários a limpar os terrenos, que vão fazer prevenção para que os incêndios acabem ou sejam reduzidos. Só ontem houve 300 incêndios. E Portugal está em alerta máximo. Bem faria se não estivesse. Agora que o Marcelo deixa de estar de papo para o ar e vai pegar numa mangueira pode ser que as coisas melhorem. Cambada de incompetentes.

  2. A treta do costume e nada de medidas de fundo aplicadas até aqui, promessas sim, de resto já enjoa de ouvir políticos com conversa de xaxa que nada resolve e tudo continua na mesma de um ano para o outro, brevemente virá um iluminado do governo dizer que este ano até ardeu menos que nos anos anteriores, só não dirá que cada vez há menos por onde arder. Incendiários andam à vontade, os nossos militares que deveriam fazer patrulha a todo o país durante os meses críticos, estão nas casernas sem ocupação, os terrenos sem acessos apesar dos largos milhões que há anos atrás vieram da UE para esse fim e se esfumaram, os terrenos por limpar, os do Estado pior ainda, as florestas todas desorganizadas, há atualmente mais possibilidade de meios de vigilância, mas por cá não existem. CHEGA

  3. O P.R, o Papa, o 1º M, a P.C, os B.V’s e até o Ti Jaquin e aTi Maria, andam todos preocupados. Todos menos a cadeia de interessados na negociata do fogo !….Em portugal, os incêndios durante o período estival tornaram-se o nosso cartão de visita e virá talvez a ser uma atracão Turística !…sabe-se lá ??

  4. São os politicos que temos…mas o povo continua votando sempre nestes incompetentes…tanto investimento com o dinheiro do povo e todos os anos a mesma miseria…acredito que isto so la vai com a quarta Republica…

  5. Esta questão dos fogos em Portugal tem que ter um fim …. ou será que, não interessa a muita gente ?? Parece-me mais isto, não interessa acabar com os fogos, há muita gente interessada … ganham anualmente milhões !! Porque não se investiga devidamente ??? Porque não se previne mais, colocando mais gente em pontos chave, ajudadas pelas próprias forças armadas que estão nos quartéis e que deveriam ajudar mais. Porque se admite tanta publicidade aos fogos, não concluíram ainda que tudo isso é contraproducente …. porquê informar e elucidar dos distritos mais em risco de incêndio ??? É para despenalizar os fdp dos incendiários, que assim já sentem que o crime que vão cometer está mais protegido ??? Os deputados também já deviam ter revisto a pena a aplicar a estes fdp, que deveria ser aumentada para os 25 anos, pois em muitos casos têm havido mortes e os prejuízos são sempre enormes. Abaixo e morte aos óbis do fogo e a quem com eles colabore … investigue-se e punam-se estes cabrões e estes fdp.

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