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Preços dos correios aumentam hoje 4,5%

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portugal.gov.pt

Os preços do serviço postal universal dos CTT sobem em média 4,5% a partir desta segunda-feira. O aumento surge após a empresa ter distribuído em dividendos o dobro dos lucros e de ter anunciado a venda de parte do património que em 2015 adquiriu ao estado.

O novo tarifário dos CTT para o serviço postal universal entra hoje em vigor, representando um aumento médio anual dos preços de 4,5% para o cabaz de serviços constituído por envios de correspondências, encomendas, livros, jornais, publicações periódicas e correio editorial.

O aumento de preços foi autorizado pela Autoridade Nacional de Comunicações e aplica-se às tarifas do serviço universal, como o envio de correspondência e encomendas ou de publicações periódicas.

Por decisão de 23 de março, a Anacom considerou que a proposta dos serviços que integram o serviço universal, apresentada pelos CTT “cumpre os princípios e critérios de formação dos preços aplicáveis”, definidos pelo regulador em novembro de 2014.

O novo tarifário inclui também uma “redução média anual dos preços de 0,5% para os serviços reservados como os serviços de citações e notificações postais”, refere a Anacom.

A título de exemplo, uma carta até 20 gramas enviada em correio normal custava 0,50 euros e passará a custar 0,53 euros. Já nas notificações/citações, por exemplo, uma carta até 20 gramas tinha um custo de 2,31 euros e desce para 2,30 euros.

Este aumento dos preços decidido pela empresa liderada por Francisco Lacerda corresponde à subida máxima permitida pela Anacom para o atual período regulatório, e surge depois de no início do mês ter sido noticiado que os CTT vão pagar aos accionistas dividendos em valor superior ao dobro dos lucros, que caíram em 56% em 2017.

“Os CTT têm uma estrutura financeira sólida e não se endividam para pagar dividendos”, salientou o presidente-executivo da empresa durante a apresentação dos resultados.

Em janeiro, a empresa anunciou o encerramento de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação anunciado em dezembro de 2017.

Além da redução de 800 funcionários nos próximos três anos, os CTT pretendem “racionalizar activos não estratégicos” com a venda de cerca de 30 propriedades, e otimizar a cobertura da rede de lojas através da conversão ou encerramento de balcões com pouca procura.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Claro!..
    Continua a destruição dos CTT, para encher os bolsos dos acionistas…
    Obrigado Passos!…
    Quando se distribuí dividendos acima dos lucros, depois tem que se ir buscar a algum lado!…
    É ver os preços a aumentar e qualidade a diminuir…

    • O aumento dos preços não paga nem de longe os dividendos brutais que estão a distribuir.
      O que está a pagar isso é a venda em massa do património imobiliário.
      A questão que se coloca é porque motivo então não foi então o estado a vender o património e ficar com os “dividendos”.
      A venda dos CTT é um dos negócios do governo Passos que devia ser averiguada.

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