Mais de metade dos portugueses quer regresso do serviço militar obrigatório

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José Sena Goulão / Lusa

Mais de metade dos portugueses inquiridos mostrou-se a favor do regresso do serviço militar obrigatório e da criação de um exército único europeu.

Um estudo feito por investigadores da Universidade Lusófona, citado pela CNN Portugal, dá conta que mais de metade dos inquiridos é a favor do regresso do serviço militar obrigatório em Portugal. Além disso, a maioria apoia também a criação de um exército único europeu.

Os dados mostram que 52,35% dos inquiridos “concorda” ou “concorda totalmente” com o regresso do serviço militar obrigatório. Pelo contrário, 32,75% dos portugueses referiu “discordar” ou “discordar totalmente”.

O serviço militar obrigatório masculino e qualquer outra forma de conscrição terminaram em Portugal a 19 de novembro de 2004. No entanto, continua a existir uma obrigação militar para todos os jovens durante um dia: o Dia da Defesa Nacional.

O estudo revela que 55.83% dos inquiridos “concorda” ou “concorda totalmente” com a criação de um exército único europeu. Os portugueses consideram que isto ajudaria a União Europeia a reduzir significativamente a dependência relativamente aos EUA.

Aliás, 73.94% dos portugueses considera até que o exército único europeu contribuiria para uma maior afirmação da UE no mundo.

A análise das respostas dos 403 inquiridos revelou que as gerações mais velhas têm uma maior predisposição para concordar com o regresso do serviço militar obrigatório e com a criação do exército único europeu.

José Carochinho, investigador do Centro de Investigação em Ciência Política, Relações Internacionais e Segurança da Universidade Lusófona, realça que “quem é de esquerda é contra [o serviço militar obrigatório] e quem é de direita também, são os indivíduos colocados ao centro que são manifestamente a favor”.

Já a ideia quanto à criação de um exército único europeu mudou com o início da guerra na Ucrânia. “Naturalmente, que a guerra teve a sua influência”, refere o coautor da análise.

O estudo contou com a participação de portugueses de várias faixas etárias (dos 18 aos 72 anos). A maioria é residente em meio urbano (88,1%) e tem licenciatura ou um grau académico superior.

Em maio, a ministra da Defesa Nacional defendeu que “não tem sentido reinstituir um serviço militar obrigatório”, defendendo que esse sistema “não responde às necessidades estratégicas” das Forças Armadas, que precisam de “militares qualificados”, com “tecnicidade”.

ZAP //

5 Comments

  1. Eu também acho que devia ser obrigatório e não deveria haver excepções. Traz muitas valências e novas oportunidades aos jovens…….

  2. Qualquer sociedade evoluída tem que procurar a sua própria defesa e não contar com os outros !
    Agora o serviço militar obrigatório não devia exceder os 6 meses, incluindo a formação e tenho sérias dúvidas que as estruturas militares estejam neste momento capacitadas.
    Por outro lado, isso acarreta encargos com material e pessoal, e mais depressa os pulhíticos criam 400 estruturas de controlo do estado, sem qualquer controlo do que pensam em algo fundamental como seja a defesa colectiva da sociedade.
    Para os pulhíticos é mais fácil decretar que todos passam a defender o País, sem armas e sem treino, assim como lhes é fácil decretar a obrigatoriedade da limpeza dos terrenos, com os resultados que se veeem !

  3. Não concordo, essa era já passou. Não ir a essas coisas não nos retira o título de homem ou de mulher com capacidades.

  4. Sou a favor do serviço militar obrigatório. Confesso que aprendi muito no S.M. Encontrei gente de todo o Portugal, melhorei muito a minha capacidade de relacionamento e de convivência. Ajudou-me muito na minha vida profissional.
    Diminui o desemprego em termos estatísticos. Ajudará os jovens a ter o sentido do dever, a serem disciplinados e a serem colaborativos. Prepara-os psra serem mais eficientes no seu futuro trabalho.

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