As salas de espera vazias tornaram-se o cenário mais comum nos hospitais, centros de saúde e consultórios médicos do país.
De acordo com a edição desta terça-feira do jornal Público, os portugueses estão com medo de acorrer aos hospitais, centros de saúde e consultórios médicos. O motivo é a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Um inquérito realizado entre 6 e 9 de abril pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica revela que, num universo de 1700 pessoas inquiridas, 74% admitiram ter medo de se deslocarem aos serviços de saúde.
Segundo o mesmo diário, cerca de 26% dos inquiridos assumiram que, por causa da covid-19, já deixaram de procurar cuidados médicos. Acresce ainda o facto de, entre as pessoas que dizem pertencer a grupos de risco, esta percentagem ser ainda superior: 32%.
O levantamento revela ainda que 23% da população assume, neste momento, que o seu estado geral de saúde física está pior do que antes da crise e os jovens são os principais afetados (33%). A proporção desce para 17% nos inquiridos com 65 ou mais anos de idade.
Os efeitos da pandemia estão também a fazer-se sentir ao nível da saúde mental, com quase 35% dos inquiridos a admitir estar pior do que antes desta crise sanitária.
No intervalo dos 35 aos 44 anos, 49% disseram sentir-se pior do que há um mês, e no grupo dos que têm entre 25 e 34 anos, 44% acusaram a degradação do estado de saúde mental. Esta proporção repete-se no grupo etário entre os 18 e os 24 anos de idade. No que diz respeito aos idosos – com mais de 65 anos – apenas 25% disseram estar pior.