Em apenas um ano, Portugal subiu 15 lugares no ranking de melhores destinos turísticos do mundo decidido pelos leitores da Condé Nast Traveler, uma revista norte-americana especializada em viagens. O país passou do 18.º lugar em 2018, para o terceiro lugar este ano.
Em primeiro lugar deste top 20 ficou a Indonésia, seguida pela Tailândia e Portugal. No ranking só constam outros dois destinos europeus: a Grécia, em sétimo lugar, e Itália, em nono.
Há, por isso, de acordo com o Observador, grandes mudanças face ao ranking do ano anterior. Em 2018, Itália tinha sido escolhida como o melhor destino mundial, mesmo à frente da Grécia. Portugal apenas surgia em 18.º lugar.
Este ano, o país luso também marca pontos no top global dos spas. O Vila Vita Parc, em Porches, no Algarve, ficou em 3.º lugar, enquanto que o Six Senses Douro Valley, em Lamego, ocupou a 13.ª posição.
As revista divulga as votações dos leitores há cerca de 30 anos. Para a edição de novembro deste ano, que elege os melhores destinos mundiais, votaram cerca de 600 mil leitores registados.
Este ano, Portugal tem recebido vários prémios. Em junho, já tinha recebido 25 prémios dos World Travel Awards, conhecidos como os “Óscares do Turismo”. Entre os principais galardões estiveram: “Melhor Destino Turístico europeu”, “Melhor Destino de ‘City Break’” e “Melhor Porto de Cruzeiros” (Lisboa), “Melhor Destino Insular” (Madeira) e “Melhor Projeto de Desenvolvimento Turístico” (Passadiços do Paiva).
Não são más notícias, antes pelo contrário.
O turismo é realmente uma área de negócios onde há anos se tem investido, mas sem sombra de dúvidas que também a publicidade “boca a boca” tem feito muito por Portugal.
Muita gente, há muito tempo, pedia estes resultados.
Mas nem tudo são rosas pois se temos mais emprego (embora mal pago e sazonal) quem relamente acaba por pouco a pouco deixar de desfrutar do que temos de melhor, somos nós os Portugueses. Seja pelos preços praticados que cada vez mais se aproximam (ou ultrapassam) alguns destinos europeus, seja porque a quantidade de turistas que enchem os locais que gostaríamos de visitar.
A desertificação de cidades, mais evidente no Porto em Lisboa, é por exemplo um reflexo da oferta e procura que inflacciona os preços das habitações.
Outros problemas existem e não são de menor monta.
Uma das preocupações deveria ser; e quando os turistas procurarem outros locais?
Aos empresários Portugueses peço que pensem em projectos a longo prazo e sustentáveis, não queiram ganhar tudo muito rápidamente. Os vossos compatriotas merecem.
Se o turismo fosse encarado em Portugal de outra forma que não a habitual forma de obter lucros rápidos e brutais, a noticia poderia ser considerada excelente.
Mas gostaria que não se esquecessem que o turismo foi um dos principais fatores por detrás do aumento exponencial das rendas das casas e pela expulsão dos residentes nativos nos centros das cidades.
Não esqueçam também das pragas de ácaros que, por mais ridículo que possa parecer, já ocorreram e podem vir a ser responsável por doenças “engraçadas”.
Não esqueçam também dos atentados ao património monumental por parte de turistas ignorantes, bebados ou simplesmente irresponsáveis.
Porque é que acham que algumas praias algarvias tiveram que fechar em algumas alturas…rede de esgotos incapaz de servir o aumento da população brutal que se verifica durante o verão.
Se o turismo em Portugal fosse pensado de uma forma mais estruturada e coordenada com o devido desenvolvimento de infraestruturas adequadas…esta noticia seria excelente.
Indonésia, seguida pela Tailândia e Portugal – concordo plenamente
Tudo países que se escraviza com ordenados maus para que quem realmente tem dinheiro os dê a uma pequena minoria, deve ser por isso que muitos locais os habitantes têm empregos sazonais, por exemplo o Algarve que no verão têm trabalhos precários e no Inverno não se arranja trabalho
Com tudo o que já foi dito acima e sem querer obviamente que deixe de existir, se o turismo em Portugal não for rapidamente melhor organizado, corremos o risco de, em menos de uma década, passarmos de paraíso a pesadelo. Infelizmente, para muitos que cá vivem, já o é….
Um turismo sustentado há muito que exige uma variante junto á costa oceânica de norte a sul do país com pontos de apoio para paragens seja aproveitando alguma estrada existente e requalificando-a, seja com construção nova de raiz. Não é admissível passar em estradas junto á da costa que mais parecem caminhos de cabras.