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Portugal recebe vacinas da Janssen no 2.º trimestre. Pfizer já quase recuperou o atraso

O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) anunciou, esta terça-feira, que Portugal deve receber no segundo trimestre as primeiras vacinas da Johnson & Johnson.

“À hora que estamos aqui reunidos deverá estar a ser formalizado o processo junto da Agência Europeia do Medicamento” (EMA) da vacina produzida pela Janssen, adiantou Rui Santos Ivo na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social.

Segundo o responsável do Infarmed, o novo fármaco da Janssen (companhia farmacêutica da Johnson & Johnson), de toma única, entra agora na fase final de avaliação e, “se tudo correr bem” com a avaliação da sua segurança e eficácia, prevê-se que esteja aprovado no próximo mês, com as primeiras entregas de doses previstas para o segundo trimestre deste ano.

Esta tarde, a agência europeia anunciou, em comunicado, que “recebeu uma candidatura para uma autorização da comercialização condicional para a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Janssen-Cilag International N.V.”.

O comité de medicamentos de uso humano (CHMP) da EMA irá agora proceder à avaliação da vacina, e deverá emitir um parecer final sobre a comercialização da vacina no mercado europeu em “meados de março”, desde que os dados fornecidos pela farmacêutica sejam “suficientemente abrangentes e robustos” no que se refere à “eficácia da vacina, à sua qualidade e segurança”.

Caso a EMA emita um parecer favorável, caberá depois à Comissão Europeia emitir “uma decisão” sobre a comercialização da vacina em todos os Estados-membros da União Europeia.

No final de janeiro, o diretor médico da Janssen afirmou à agência Lusa que se mantinha o compromisso de disponibilizar na UE as vacinas no segundo trimestre deste ano, altura em que Portugal receberá as primeiras 1,25 milhões de doses, de um lote de 4,5 milhões que o país vai receber ao longo deste ano.

O acordo desta farmacêutica com a Comissão Europeia prevê para este ano 200 milhões de doses, com uma opção de 200 milhões de doses adicionais.

Pfizer “conseguiu praticamente já recuperar o atraso”

Ainda segundo Rui Santos Ivo, a informação disponível neste momento indica que a Pfizer “conseguiu praticamente já recuperar o atraso que se verificou no início” na entrega de vacinas, o que permite a Portugal contar, no final do primeiro trimestre, com cerca de 1,3 milhões de doses, que é “praticamente o volume que estava previsto”.

Relativamente à Moderna, a “informação que temos é que serão entregues as 226.800 doses que estavam contratualizadas”, referiu o presidente do Infarmed, ao adiantar que “onde efetivamente se observa uma redução é nas vacinas da AstraZeneca”, uma vez que estavam previstas serem entregues cerca de 2,7 milhões, mas que não deverão ultrapassar as 930 mil doses nesta fase.

No entanto, esta tarde, a Comissão Europeia confirmou que a Moderna entregará menos doses da sua vacina durante o mês de fevereiro, esperando-se que em março recupere o ritmo de distribuição.

A EMA já aprovou, até ao momento, três vacinas para poderem ser utilizadas em solo europeu: a da Pfizer/BioNTech, a da Moderna e a da AstraZeneca.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos no mundo, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 15.522 pessoas dos 788.561 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

ZAP // Lusa

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