Portugal quase duplicou o número de cidadãos estrangeiros barrados na fronteira em 2018

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Tiago Petinga / Lusa

No ano passado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) barrou a entrada em Portugal a 3.758 pessoas, 75% das quais vindas do Brasil. Em causa estão cidadãos que não apresentam uma razão válida para estar no país ou não têm o visto em ordem.

Segundo noticiou o Jornal de Notícias nesta terça-feira, citado pelo Expresso, apesar de ser um valor residual face aos oito milhões de cidadãos controlados, as recusas de entrada no país têm vindo a subir nos últimos cinco anos. O número de pessoas barradas quase duplicou de 2017 para 2018: passou de 2157 para 3758. Em 2013, por comparação, apenas 813 cidadãos foram barrados.

Citado também pelo Económico, o jornal diário indicou que a crise económica, a insegurança e a situação política estarão na origem do crescente número de brasileiros a vir para terras lusas. “Nem sempre os consulados dão a informação completa, por exemplo, que os turistas precisam de ter um seguro de saúde”, explicou Cyntia de Paula, presidente da Casa do Brasil.

Face a este aumento de 2% no controlo das chegadas de estrangeiros a Portugal – ainda assim residual, porque representa só 0,02% de todas as entradas no país -, fonte oficial do SEF diz que a sua missão é o “combate à imigração ilegal e criminalidade transfronteiriça”.

Em 2018, só a Casa do Brasil em Lisboa, atendeu 476 novas pessoas (estão apenas contabilizados os que procuram pela primeira vez a associação). Já este ano, desde janeiro até ao início de abril, tinha atendido 278 novas pessoas, disse a responsável, que faz parte da associação desde 2012 e é presidente desde 2017.

Na história da imigração brasileira para Portugal já houve momentos de muita afluência como o final dos anos 1990 e início dos anos 2000, recordou, reafirmando que neste momento “há uma chegada bastante expressiva”.

Esta nova vaga é composta por diversos grupos, desde as pessoas com menos qualificação profissional, a um maior número de pessoas com mais qualificação, muitos estudantes universitários, que já estavam a chegar desde 2009, mas que continuam a crescer, explicou a responsável.

Mas há também a introdução de uma nova comunidade, a dos aposentados, os que têm rendimentos próprios no Brasil e a possibilidade de ter agora em Portugal o visto para aposentado, e ainda uma classe mais alta, que dentro do bolo da nova chegada não é “tão representativa”, adiantou Cíntia de Paulo. Os mais representativos “são os profissionais mais qualificados, da faixa entre os 30 e os 40 anos”, acrescentou.

O Expresso acrescentou que, também no ano passado, houve um aumento do número de menores que procuraram entrar em Portugal sem estarem acompanhados por um adulto. Ao todo, foram 136 menores – mais do dobro dos casos registados no ano anterior (64).

TP, ZAP //

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5 Comments

  1. Ainda deixaram entrar demasiados,na margem sul são aos milhares!É vê-los nos shopings,supermercados,jardins.Entraram no país dezenas de milhares em poucos meses.Este descontrolo irá trazer graves consequências politicas,sociais e económica ao nosso país.É uma autentica praga sem controlo…!!

    • Completamente de acordo! Parem com esta praga! Com ou sem posses são autênticos trogloditas! Nem usar faca e garfo sabem! Feios, porcos e maus!

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