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Arranca fase mais crítica de fogos. Um mês depois, ainda faltam 20 aeronaves

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Paulo Cunha / Lusa

O país arrancou para a fase mais crítica do ano no combate e prevenção de incêndios com 20 aeronaves em falta, avança a TSF e a Lusa esta segunda-feira.

Segundo a TSF, 17 aeronaves estão em terra porque correm na Justiça processos judiciais interpostos pelas empresas que perderam o concurso público aberto pelo Estado.

”Estamos a aguardar a conclusão desse processo”, disse o tenente-coronel Manuel Costa, porta-voz da Força Aérea, em declarações à rádio.

Os restantes três meios aéreos são do Estado e estão nas oficinas. “As aeronaves estavam inibidas e foi necessário algum tempo para providenciar o seu aprontamento e portanto estamos a aguardar que fiquem prontas”, acrescentou o mesmo responsável.

Este é o primeiro ano em que a Força Aérea é responsável pela gestão das aeronaves do dispositivo de combate aos incêndios. Apesar do atraso na preparação dos meios aéreos, o Manuel Costa, faz uma avaliação positiva da experiência.

“A Força Aérea dedicou-se ao máximo a todo este processo, fez tudo aquilo que era possível para que o processo decorresse dentro da normalidade, mas essas são as regras do jogo, que estão a criar alguma dificuldade. Perante os factos não foi assim uma coisa tão má”, afirmou.

Tal como recorda a Lusa, estão previstos 60 meios aéreos, 40 dos quais já estão disponíveis. A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais para este ano, indica que os meios são reforçados esta segunda-feira pela terceira vez com a entrada em vigor do denominado ‘reforçado – nível IV’, que termina a 30 de setembro.

Nos próximos três meses, vão estar operacionais 11.492 elementos, 2.653 equipas e 2.493 veículos dos vários agentes presentes no terreno. A DON indica, para este período, a operação de 60 meios aéreos, incluindo um helicóptero da Força Aérea que será ativado em caso de necessidade para coordenação aérea.

Aquele que é considerado o nível mais crítico de incêndios mobiliza, este ano, mais 725 operacionais, 190 equipas e 30 viaturas do que o mesmo período de 2017. No ano passado por esta altura estavam aptos a voar 55 meios aéreos.

Também a partir desta segunda-feira a Rede Nacional de Postos de Vigia vai ser reforçada com a entrada em funcionamento da rede secundária com um total de 230 postos de vigia e 912 vigilantes das florestas. Os 230 postos de vigia que têm como missão prevenir e detetar incêndios vão estar a funcionar até 15 de outubro, altura em que voltam a ser reduzidos para 72 até 06 de novembro.

Dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas indicam que este ano deflagraram 4.888 incêndios rurais que atingiram 9.705 hectares de florestas, 41% dos quais em povoamentos florestais, 43% em matos e 17% em áreas agrícolas.

ZAP // Lusa

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