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Pior só mesmo dois países do leste. Habitação continua a encarecer em Portugal, à medida em que a construção dispara no Norte do país. O melhor sítio para investir continua a ser Gaia.
O Eurostat revelou esta terça feira que os preços da habitação aumentaram, no quarto trimestre de 2024 (face ao período homólogo), 4,2% na zona euro e 4,9% na União Europeia (UE), com Portugal a registar a terceira maior subida, na ordem dos 11,6%. Trata-se, portanto, de uma aumento superior ao dobro da média da UE.
Acima de Portugal, só mesmo a Bulgária (18,3%) e a Hungria (13%). Houve mesmo dois países cujo preço da habitação teve uma descida face ao período homólogo: a França e na Finlândia, ambas com -1,9%.
Portugal foi ainda um dos países com maior subida em relação ao trimestre anterior: 3,0%, só atrás da Eslováquia (3,6%) e Eslovénia (3,1%). Houve 6 estados-membros com uma descida face ao terceiro trimestre de 2024, e 18 com uma subida. A média foi 0,6% na zona euro e 0,8% na UE.
Construção dispara no Norte
O JN avança esta terça feira que os concelhos com mais pedidos para o licenciamento de novas habitações em 2024 foram Gaia e Porto, que já superaram Lisboa.
Em cada um destes municípios, as Câmaras registaram 3400 intenções de promoção imobiliária em cada uma. É bem mais do que em Lisboa, onde se registaram 2600. Nos restantes municípios do distrito do Porto, a média de requerimentos foi 1500 em cada um.
A informação tem por base dados do Observatório Imobiliário de Gaia, que assegura que estes números traduzem “um incremento da atividade no 2.º semestre do ano e um ritmo de licenciamento que duplica a média regional, que foi de 800 fogos licenciados por município”.
Gaia: o melhor lugar para investir
“Este é o terceiro ano em que Gaia se afirma como o principal destino para o investimento em nova habitação no país, no contexto de um mercado que conjuga uma forte dinâmica da procura e preços médios de venda cerca de 27% abaixo do Porto”. Assim escreve em comunicado a Confidencial Imobiliário.
“Em 2024, os preços de transação de habitação no concelho atingiram os 2372 euros/m2, comparando com os 3256 euros/m2 praticados no Porto”, comunica também a empresa.
E o concelho, o terceiro mais populoso do país, só superado por Lisboa e Sintra, continua a crescer no mercado imobiliário. Em 2024, “foram transacionados 5900 fogos no concelho, traduzindo um aumento de 20% face ao ano anterior“, avança a Confidencial Imobiliário. As freguesias mais procuradas são Canidelo (36%), a União de Freguesias Mafamude e Vilar do Paraíso (25%) e a União de Santa Marinha e S. Pedro da Afurada (16%).
Mas como não se trata de tarifas do Laranjicida o problema da habitação não faz reunir a UE para tratar deste assunto com a máxima urgência. Só se lembram dos cidadãos para eleições e cobranças de imposto, tudo o resto são meros números que não representam os interesses da UE. Tal como a própria UE afirmou há dias sobre Israel “Very good partners” e nada de sanções. A UE tem interesses que deixam a desejar, o direito à habitação é um direito fundamental mas tem menos interesse que os fabricantes automóveis.
O preço das casas não é importante, o que é preciso é descongelar as rendas antigas de contratos anteriores a 1990 que foram congeladas pela “lei das rendas” que através deste esquema está a violar a Constituição da República de Portugal (CRP), a promover a desigualdade e descriminação com inquilinos a pagarem rendas de valores exorbitantes que não correspondem à realidade e inquilinos a pagar rendas de valores muito baixos ou irrisórios que também não correspondem à realidade, tratando-se neste último caso de uma compra de votos através da “lei das rendas” que congela os valores dos arrendamentos nos contratos anteriores a 1990.
É igualmente urgente acabar com todo e qualquer subsídio que está a ser dado aos proprietários de imóveis ou inquilinos, os Portugueses não podem andar a sustentar senhorios e a pagar as rendas dos outros, os Portugueses que se encontram em situação de carência económica e social (desemprego, baixos rendimentos, reformas baixas, etc.) têm de ser ajudados pelo Estado através das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias de onde são naturais, deve-lhes ser atribuída casa em bairros sociais e não em imóveis construídos para habitação não carenciada; não se pode também admitir que inquilinos com rendimentos suficientes ou elevados estejam a pagar rendas cujo valor não é actualizado.
A “lei das rendas” tem patente no seu texto todas as ilegalidades, crime, e inconstitucionalidade, não sendo compreensível que a revogação da mesma ainda não tenha sido efectuada, assim como também não se compreende como é que a dr.ª Maria Graça (ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território) ainda não foi presente a Tribunal para responder e ser condenada pelo seu acto, não se pode legislar ou mudar uma lei em causa própria ou para viabilizar/servir uma situação em concreto.
Assunção Cristas!!!!