Portugal arrisca-se a perder grande parte do dinheiro do PRR (mas Castro Almeida tem um plano)

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ppdpsd / Flickr

Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial

Portugal ainda tem 80% do PRR por executar, numa altura em que o prazo para aproveitar estes fundos já vai a meio. O ministro Manuel Castro Almeida tem um plano para cumprir os prazos para a análise de candidaturas.

O Plano de Recuperação e Resiliência – PRR – já vai a meio do caminho e Portugal ainda só executou 20%.

A lentidão da análise de candidaturas é tida como o principal culpado por este atraso.

Em entrevista ao Público, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial Manuel Castro Almeida desdramatizou, referindo que dispõe de um plano para dar um “impulso significativo ao PRR”.

O governante responsável pela gestão de fundos europeus refere que, com os sistemas atuais, a morosidade é inevitável, mas o cenário pode mudar.

“Sabe quanto tempo demora, em média, analisar uma candidatura no sistema de incentivos? Um técnico demora dois dias e meio a analisar uma candidatura. Ou seja, na prática, um técnico faz duas candidaturas por semana. Se pensar que há milhares de candidaturas pendentes, veja o que é que aconteceria se não fizéssemos nada”, considerou.

E o cenário pode mudar como? Desbloqueando os três grandes problemas do atual sistema: má comunicação; carência de recursos humanos; e falta de sistemas de inteligência artificial (IA).

“Com mudanças no sistema de informação, recurso às universidades e politécnicos e ajuda da inteligência artificial, vamos procurar recuperar os prazos para que, no final deste ano — e este é o objetivo político —, as candidaturas não demorem mais do que 60 dias a ser analisadas”.

Castro Almeida admitiu pedir ajuda às universidades e politécnicos, nomeadamente, na análise de candidaturas; e à IA, para agilizar os processos.

“Vamos ter de colher o apoio das universidades e da inteligência artificial. Não vai ser a inteligência artificial a analisar candidaturas, mas pode assumir a componente numérica para que o técnico, o humano, possa dedicar tempo a uma análise mais qualitativa e, no fim, em vez de demorar dois dias e meio a analisar uma candidatura, eu espero que passe a analisar duas candidaturas e meia por dia”, perspetivou.

Em jeito de promessa, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial traçou o objetivo de – com a ajuda da academia e da inteligência artificial – as candidaturas passarem a ser analisadas dentro de um prazo de 60 dias.

Miguel Esteves, ZAP //

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2 Comments

  1. Tudo o que o senhor diz é “dejá vu”. É um facto indesmentível que desde há muitos anos os recursos humanos são mais que insuficientes e na maioria dos casos sem experiência na análise de projetos. O recurso às Universidades, nomeadamente à FEP, começou no PEDIPII, e por acaso comigo, no entanto esse apoio terá sido interrompido.
    A informática não resolve tudo, é preciso que haja recursos humanos qualificados. Quanto à IA não estou a ver que ela permita o tal rácio de 2,5 candidaturas analisadas por dia e por técnico, mas é uma ferramenta que sendo devidamente utilizada vai ajudar .
    Sr. ministro o que é importante é que os proponentes de candidaturas ,para além dos atrasos do sistema, não sejam “parados” por questões burocráticas e que o tal Banco de Fomento funcione.

  2. Desde o tempo do Costa que qq pessoa minimamente atenta saberia que o dinheiro despejado pela dona da UE na altura da pandemia há cerca de 4 anos nunca seria utilizado como deve ser pelo demissionário Costa, há exactamente 4 anos que não serão cumpridos seja por que governo for… Estamos bem lixados! Nem o dinheiro dado sem juro a esses pseudo-governantes é capaz de ser gasto como devia ser!

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