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Porto vs V. Setúbal | Vislumbre de liderança tolda “dragão”

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O Porto foi claramente dominador, chegou a sufocar o V. Setúbal, mas a ânsia de chegar ao primeiro lugar tirou clarividência ao “dragão”.

O FC Porto não aproveitou o deslize do Benfica na Mata Real, no sábado, e também empatou, 1-1 em casa, ante o V. Setúbal. Os portistas dominaram por completo, empurraram os sadinos para a sua pequena área em vários momentos da partida, mas a ânsia de marcar e chegar à liderança acabou por afectar a eficácia ofensiva, em especial no segundo tempo – 11 remates, apenas dois enquadrados nesta fase.

O Jogo explicado em Números

  • Números curiosos no arranque. Mais Porto, com um “onze” ofensivo, 69% de posse nos primeiros dez minutos, mas nenhum remate. Ao invés, V. Setúbal com dois (ambos de fora da área), um deles enquadrado.
  • Aos 19 minutos Vasco Fernandes evitou o golo portista quase em cima da linha de golo, após remate de Brahimi. E por volta dos 25 os “dragões” já tinham dado a volta à estatística dos remates, com cinco, três deles enquadrados, com a curiosidade de três deles terem sido realizados pelo central Felipe (um apenas à baliza).
  • Aos 27 minutos, Marcano cabeceou à barra e, na confusão, Soares rematou e acertou em Bruno Varela, quando tinha tudo para marcar. Aos 32 foi André Silva a cabecear ao lado, sozinho, na pequena área sadina. O Porto apertava a malha aos visitantes e registava dez remates, cinco enquadrados, 72% de posse, e Bruno Varela tinha já realizadas três defesas.
  • Felipe já tinha, à sua conta, quatro disparos, um drible eficaz, 39 toques na bola (o máximo do jogo) e ainda quatro alívios.
  • Até que, já em período de compensação do primeiro tempo, Óliver encontrou Corona na direita, cruzou e o mexicano, de primeira, rematou para um grande golo.
  • Porto avassalador, por vezes a dar a ideia de precipitação no momento de finalizar, mas que Corona acabou por acalmar, já nos descontos do primeiro tempo. Os “dragões” remataram 12 vezes na etapa inicial, sete enquadradas, e dez de dentro da grande área contrária, o que mostra as fragilidades sadinas a defender.
  • Corona foi o melhor nesta fase, com um GoalPoint Rating de 6.8, fruto essencialmente do golo e de um passe para ocasião. Uma palavra para Felipe, com 6.2, pelos quatro remates, dois enquadrados, cinco de seis duelos ganhos e sete alívios.
  • O domínio do Porto intensificava-se no arranque do segundo tempo, com 74% de posse nos primeiros dez minutos. Porém, foi precisamente em cima do minuto 55 que o V. Setúbal empatou, com João Carvalho a isolar-se e a desviar a bola de Iker Casillas, no primeiro disparo sadino na etapa complementar.
  • Por volta dos 65 minutos o Porto registava três remates no segundo tempo, para um dos visitantes, para além de 66% de posse, e logo a seguir voltou a acertar no ferro, por André Silva. Por esta altura Bruno Varela somava cinco defesas, Brahimi nove recuperações de bola e quatro de sete dribles eficazes, mas uma ocasião flagrante desperdiçada penalizava o argelino.
  • A pressão portista aumentou, embora cada vez com menos clarividência. Pelos 80 minutos o Porto tinha nove remates no segundo tempo, apenas menos três que no primeiro, mas só um enquadrado, contra os sete da etapa inicial. O V. Setúbal era inofensivo nesta fase, mas apesar de muito recuado, foi aguentando graças ao pragmatismo dos centrais Venâncio e Cardoso, que juntos somavam 23 alívios – terminaram com 33 (!).

O Homem do Jogo

O jogo teve muito Porto e pouco V. Setúbal, o que permitiu aos laterais portistas integrarem-se bastante no ataque. É habitual ver Alex Telles nestas funções, e mais uma vez o lateral-esquerdo brasileiro esteve em destaque. Foi o melhor em campo nesta partida, com um GoalPoint Rating de 7.1.

Para além de um remate, fez três passes para ocasião, um para oportunidade flagrante, colocou a bola 18 vezes na grande área e tocou no esférico 108 vezes, o máximo na partida. Registou ainda cinco intercepções e três desarmes.

Jogadores em foco

  • Corona 6.9 – Fez um grande golo, de primeira, no seu único remate na partida. Fez ainda dois passes para ocasião, acertou um de dois dribles, um deles dentro da grande áreas (o único jogador a consegui-lo nesta zona do terreno).
  • Bruno Varela 6.8 – O guarda-redes foi o melhor dos sadinos. A pressão do Porto foi intensa, apesar de menos eficaz no remate na segunda parte, mas quando foi chamado a intervir esteve muito bem, com seis defesas, o máximo da jornada – cinco delas a remates na grande área.
  • Soares 5.8 – A nossa referência ao avançado brasileiro é mesmo para assinalar um facto impressionante. Foi o primeiro jogo com a camisola do Porto em que o brasileiro não marcou. Foi um dos mais rematadores, com quatro, três deles enquadrados (só André Silva teve mais, cinco), mas desperdiçou uma ocasião flagrante para marcar e perdeu 15 de 23 duelos disputados.
  • Marcano 6.7 – Esteve mais discreto do que o seu parceiro no centro da defesa, Felipe, que fez quatro remates, todos na primeira parte. Mas a defender esteve muito forte. Recuperou 11 vezes a posse de bola (máximo no jogo), ganhou nove de 13 duelos, realizou cinco alívios e três intercepções.
  • Brahimi 5.5 – Não se pode dizer que tenha estado discreto, mas foi pouco objectivo. Fez três remates, um enquadrado, e todos de dentro da área, e falhou uma ocasião flagrante. Teve sucesso em cinco de oito dribles, é certo, mas depois não registou qualquer passe para ocasião. Vale as 11 recuperações de posse, as mesmas de Marcano, e os quatro desarmes.

Resumo

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2 Comments

  1. realmente é de lamentar isto. nem a dar tempo a mais o FCP consegui dar a volta
    depois dizem que o Benfica é ajudado.
    quero ver o que diz o Bruno de Cravalho sobre isto. com certeza fica calado, mas se fosse o benfica, ja estava a criticar e a fazer queixas à arbitragem

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