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Portimonense vs FC Porto | Eficácia premeia dragões

José Sena Goulão / Lusa

O FC Porto bateu o Portimonense por 3-0 e assumiu a liderança provisória no campeonato, colocando pressão no rival Benfica, que só joga este domingo.

O golo madrugador de Brahimi fazia prever um jogo fácil para o “dragão”, mas os homens de Sérgio Conceição sentiram dificuldades para levar de vencida um Portimonense afoito, que contabilizou nove remates, apenas menos um do que os visitantes, e que durante largos períodos da segunda parte até teve mais bola.

A pontaria acabou mesmo por ser decisiva nesta partida, com o FC Porto a marcar em três dos cinco remates que fez à baliza dos algarvios.

O Jogo explicado em Números

  • Início de partida avassalador por parte do FC Porto, coroado com o primeiro golo da tarde logo aos 15 minutos, por Brahimi, numa jogada de contra-ataque conduzida por Marega. Os “dragões” tiveram uns esclarecedores 78% de posse de bola neste período inicial e contabilizaram 100 passes, frente a um Portimonense que demonstrava enormes dificuldades para sair do seu meio-campo e que perdeu Rúben Fernandes logo aos 12 minutos, por lesão.
  • Uma das grandes diferenças entre as duas equipas residia na disputa da bola. Aos 25 minutos da partida, os quatro homens do meio-campo algarvio contabilizavam, juntos, apenas três duelos ganhos em 12 disputados.
  • Ainda assim, a equipa do Portimonense reagiu bem à desvantagem e conseguiu soltar-se das amarras que a haviam limitado no período inicial. Os algarvios chegaram à meia-hora de jogo com dois disparos, um deles à baliza, 39% de posse e alguns calafrios causados junto da baliza de Iker Casillas.
  • Após o golo madrugador, os adeptos portistas tiveram de esperar pelo minuto 38 para verem um novo remate da sua equipa – um sinal claro do ritmo lento que pautava o jogo dos “dragões”, que chegaram ao minuto 40 com 62% de posse, com Éder Militão a ser o único jogador “azul-e-branco” com mais de dez passes para o meio-campo adversário.
  • Vantagem justa dos “dragões”, a equipa mais perigosa durante o primeiro tempo e a que demonstrou maior engenho na hora de atacar.
  • Ainda assim, de salientar que ambas as formações tiveram o mesmo número de disparos enquadrados, apenas um, e que nenhum dos quatro do FC Porto de dentro da área foi enquadrado com a baliza.
  • Iker Casillas era mesmo o homem do jogo ao intervalo, com nota 6.8 nos  GoalPoint Ratings, graças a uma defesa, duas saídas eficazes e um corte decisivo.
  • Boa entrada em campo do Portimonense, que regressou dos balneários em busca do golo da igualdade. Nos 15 minutos iniciais, os homens de Folha fizeram mais remates do que o adversário (4-2), tiveram mais bola (56%-44%) e foram mais eficazes no passe (82%-78%). Sérgio Conceição sentia que estava a perder o controlo do jogo e refrescou o meio-campo com a entrada de Otávio para o lugar de Corona.
  • Aos 73 minutos, Marega sentenciou a partida com um toque subtil na bola, picando-a sobre o corpo de Ricardo Ferreira após um passe magistral de Alex Telles, que se tornou no primeiro jogador da partida com mais do que um passe para finalização. Eficácia máxima da equipa do FC Porto, que marcava o seu segundo golo da tarde em apenas três remates à baliza.
  • Exibição discreta, mas muito eficaz de Herrera. A cinco minutos do final da partida, o mexicano liderava a sua equipa em número de passes para o meio-campo contrário (20, 16 dos quais eficazes), duelos (16), recuperações de posse (11) e desarmes (quatro).
  • Ainda antes do apito final surgiu o 3-0, por intermédio de Herrera. Ricardo Ferreira ainda travou o primeiro remate de Éder Militão, mas nada pôde fazer para impedir o mexicano de marcar na recarga, no seu primeiro remate do encontro.

O Homem do Jogo

Não foi o mais vistoso em campo, mas foi uma figura de peso na sua equipa, principalmente a defender. 

Héctor Herrera foi um elemento dinamizador no meio-campo portista, completando 50 passes em 55 tentativas e acertando as suas quatro bolas longas, três delas para o último terço do terreno. Para além disso, o mexicano somou oito acções defensivas e recuperou 12 vezes a bola – mais do que qualquer outro jogador.

O golo que apontou, no único remate que fez, foi apenas a cereja no topo do bolo, terminando o desafio com nota 8.0 nos  GoalPoint Ratings.

Jogadores em foco

  • Pepe 7.2 – O central demonstrou enorme entrega na retaguarda, perdendo apenas um duelo aéreo defensivo em sete. Somou nove alívios e cinco intercepções e recuperou a bola em sete ocasiões. Das suas 13 bolas longas, apenas cinco foram eficazes.
  • Marega 6.8 – O maliano fez quatro remates, um deles resultante em golo, e ainda deu nas vistas ao assistir Brahimi. Pela negativa, consentiu dois dribles, falhou seis passes curtos e foi apanhado em fora-de-jogo em duas situações.
  • Alex Telles 6.5 – O lateral somou dois passes para finalização, um deles resultante em golo, e nove acções defensivas. Das suas três tentativas de drible, duas foram eficazes.
  • Jackson Martínez 5.7 – Frente à sua ex-equipa, o colombiano foi o melhor dos algarvios. Rematou apenas uma vez, é certo, mas criou duas ocasiões de perigo, foi eficaz nos dois dribles que executou e sofreu quatro faltas, uma delas em zona de perigo.
  • Aylton Boa Morte 4.1 – O extremo esteve muito activo, mas nem sempre bem. Rematou duas vezes, nenhuma delas de forma eficaz, e somou dois dribles eficazes em quatro tentativas. Perdeu a posse em 20 situações, foi desarmado quatro vezes e dominou mal a bola em outras tantas ocasiões.

Resumo

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