Os agentes da polícia envolvidos no esquema fraudulento de troca de passes de transporte por dinheiro estarão a tentar apagar as provas que os incriminam.
Segundo noticia o Público na sua edição de hoje, na base deste caso está um esquema que envolve dezenas de polícias dos concelhos de Setúbal, Almada e Seixal, mas também do Porto, que, durante vários anos, terão trocado os passes de transporte pagos pela PSP por dinheiro.
Segundo o mesmo jornal, depois de o Ministério Público ter aberto um inquérito ao caso, a Inspecção-Geral da Administração Interna também estará atenta à situação, de acordo com o mesmo diário.
A fraude permitia aos agentes “um complemento salarial“. Estes agentes tinham a colaboração de funcionários das empresas transportadoras, nomeadamente da Transportes Sul do Tejo (TST), que recebiam uma comissão sobre os valores em causa. “Por um passe de 109 euros, por exemplo, pagavam 89, guardando 20 para si”, revela o jornal.
Face à abertura do inquérito em torno destes dados, os polícias implicados estarão a tentar apagar pistas “pedindo segundas vias destes títulos de transporte”.
Os agentes estão a tentar “dissimular o facto de há muito tempo não usarem os passes” e alguns estarão a alegar que perderam o título de transporte, enquanto “outros estão a pedir o passe Lisboa Viva pela primeira vez”.
Mas estes procedimentos poderão, no fim de contas, acabar por incriminar ainda mais os polícias implicados, já que “os carregamentos dos passes ficam registados nas respectivas operadoras, e não apenas no chip do cartão do passageiro”, refere o jornal, concluindo que será fácil às autoridades detectarem a fraude.
Mas para o Sindicato Unificado de Polícia, a situação não constitui uma infração.
“Não há nenhuma fraude, nem nenhuma ilegalidade. É o mesmo que ir às compras com a senha de refeição: o Estado não é lesado”, considera o líder da estrutura sindical, Peixoto Rodrigues, citado pelo Público.
ZAP
Não há nenhuma fraude, nem nenhuma ilegalidade. É o mesmo que ir às compras com a senha de refeição: o Estado não é lesado”, considera o líder da estrutura sindical, Peixoto Rodrigues, citado pelo Público.
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Se calhar podiam pagar salários mais altos aos agentes da PSP e deixarem-se de subsídios de alimentação e de transporte. Porque é que a PSP há de dar dinheiro para comida e dinheiro para transporte, quando podia apenas dar dinheiro, e pronto cada agente que administre o seu ordenado.